A Honda acaba de dar a conhecer as primeiras imagens oficiais da próxima geração Civic, cuja chegada à Europa está prevista para o outono de 2022. Desta feita, apenas e só com motorizações híbridas.
Dando continuidade a uma estratégia já implementada no novo crossover HR-V e, ainda antes disso, na atual geração Jazz, a Honda anuncia, agora, uma nova geração do popular Civic, apenas com motores híbridos. Mais concretamente, equipado com uma solução e:HEV de base gasolina, de certa forma, idêntica às já existentes nos dois modelos anteriores.
Recordar que este sistema de propulsão Honda recorre a um bloco de quatro cilindros 1.5 litros a gasolina, conjugado com um ou dois motores elétricos, e que, no caso do citadino, anunciam uma potência combinada 109 cv e 253 Nm de binário. Ao passo que, no crossover, a potência sobe para 130 cv.
Quando utilizado em modo híbrido, o sistema da Honda recorre ao motor a gasolina para garantir energia, para carregar as baterias que servem de apoio aos motores elétricos. Ajudando, igualmente, na propulsão, sempre que o condutor coloca mais pressão no acelerador.
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Ligeiramente diferente é a solução aplicada no maior dos SUV da marca nipónica, o CR-V, o qual recorre a um quatro cilindros de maior cilindrada - 2.0 litros -, para garantir, logo aí, mais potência - 150 cv. Sendo que, tudo aponta para que, o novo Civic, opte por uma destas soluções.
Recorde-se que, com o lançamento desta nova geração, o Civic tornar-se-á no último modelo europeu da Honda a transitar para motorizações exclusivamente híbridas, contribuindo, dessa forma, para o objectivo da Honda, que passa por electrificar todos os seus principais modelos, até ao final do próximo ano.
Civic Type R intocável
No entanto e apesar desta certeza, a britânica Autocar garante que, a versão mais potente do Civic, o Type R, não seguirá a tendência e manterá a motorização exclusivamente a gasolina. Ao que tudo indica, através da adopção de uma versão melhorada do mesmo quatro cilindros 2.0 litros, com o nome de código 'K20C1', atualmente em utilização, e que anuncia uma potência máxima de 320 cv.
Finalmente, referência para a evolução, mostrada por esta 11.ª geração do Civic, também no design, embora com o modelo a adoptar uma estética mais de fastback, assim como a prometer uma redução no peso. Neste caso, graças, entre outros aspectos, a um tampa da bagageira mais leve e com dobradiças mais pequenas, também como forma de garantir uma linha de tejadilho mais limpa.
Aliás, entre as alterações já esperadas, surge, também, um posicionamento do pára-brisas mais recuado, com os pilares 'A' a apresentarem-se cerca de cinco centímetros mais atrás que no modelo atual. Com a nova geração a apresentar, ainda, uma distância entre eixos cerca de 3,5 cm maior.
Interior segue tendência
Embora revelado, para já, naquela que é a sua configuração para os mercados da América do Norte, tudo aponta para que a versão europeia, que a marca deverá dar a conhecer em breve, não difira muito desta, inclusivamente, no habitáculo. Onde o novo Civic deverá seguir a estratégia de design já aplicada no novo HR-V e Jazz, e que passa por uma abordagem minimalista e centrada no condutor.
Desta forma, é de esperar o mesmo tablier, com um frontal marcado por uma espécie de rede tipo favo de mel e com saídas de ar integradas, além de um ecrã central, de 7", para o sistema de infoentretenimento, o qual passa a ser compatível, tanto com Apple CarPlay, como com Android Auto. Opções que, no caso das versões mais altas e especificamente para o mercado americano, dá lugar um ecrã táctil maior, de 9,0", acompanhado de um painel de instrumentos 100% digital de 10,2", um sistema de som Bose e sistema de carregamento de smartphones por indução.
Já no capítulo da habitabilidade, a promessa de mais espaço para as pernas dos ocupantes dos lugares traseiros, graças a um aumento do espaço em mais 3,5 centímetros, com o crescimento das janelas laterais a contribuir, igualmente, para uma maior sensação de espaço no interior. Isto, sem esquecer o novo design do portão traseiro, a procurar favorecer o espaço para a cabeça.
Melhorias também no desempenho
De resto, a Honda também anuncia, para este novo Civic, uma melhoria na rigidez torcional na ordem dos 19%, quando comparado com a geração actual, o que deverá trazer uma maior qualidade na condução, melhor desempenho, além de um refinamento mais elevado. Neste caso, graças também ao evoluir das medidas de isolamento do ruído, vibração e aspereza.
Ainda entre as promessas para este novo Civic, um maior divertimento ao volante, resultado da introdução de novas articulações esféricas e novos rolamentos na frente, a procurarem melhorar, não somente a "sensação da direcção", como também o próprio posicionamento do veículo. Que passa a apresentar, ainda, uma via traseira mais larga, como forma de garantir um aumento da estabilidade.
Na Europa em 2022
Entretanto e embora a versão europeia do novo Civic só deva chegar à Europa em 2022, a Autocar avança que a Honda começou já a reduzir a produção da actual geração na fábrica de Swindon, no Reino Unido.
De resto e segundo alguns rumores, será uma das instalações da Honda na América do Norte a assumir a responsabilidade de fornecer os últimos exemplares do modelo actual, na fase em que a nova geração estiver a chegar.