Híbridos são os mais prejudicados pelo WLTP

O novo procedimento de testes tem impacto especialmente notório nos modelos híbridos de Plug-In, já que em muitos estados europeus deixam de estar abrangidos pelos incentivos à compra A chegada do WLTP, a maior transformação no procedimento de avaliação aos consumos e emissões de automóveis no espaço europeu, já começa a ter efeitos. E as maiores consequências verificam-se nos híbridos de Plug-In. O problema é que, com testes de maior duração, muitos deles deixam de apresentar valores de emissões de CO2 abaixo das 50g/km, o que significa que deixam de integrar o grupo dos designados "automóveis de baixas emissões".   Essa condição é essencial para, em vários países, beneficiar de incentivos à compra por parte do Estado. E já existem alguns, como o Reino Unido, onde eles estão a ser excluídos da lista. Neste território insular os apoios foram cortados, com exceção das viaturas que consigam cumprir 70 milhas (113km) em modo elétrico puro. Por isso, os fabricantes colocam-se agora num cenário em que necessitam de escolher, entre três opções, o que fazer com estes modelos. As hipóteses para o futuro dos híbridos de Plug-In são: Investir em baterias com capacidade superior, para estender a autonomia elétrica. Isso pode permitir cumprir grande parte dos testes sem recorrer ao motor de combustão, ajudando a baixar as emissões para um registo inferior a 50g/km de CO2; Tirar da gama estes modelos, podendo posteriormente lançá-los com baterias mais evoluídas; Certificar os automóveis para o WLTP, mesmo com o aumento de CO2, esperando que os clientes optem por eles focando-se nas vantagens oferecidas por estas motorizações.   No caso do modelo híbrido de Plug-In mais vendido no mercado europeu, o Mitsubishi Outlander, a Automotive News refere que a marca optou pela primeira opção. Mas o caso do segundo e quarto automóveis com estas características no ranking europeu é distinta. Falamos, respetivamente, dos Volkswagen Passat GTE e Golf GTE, em que a decisão do fabricante germânico passará pela sua eliminação da oferta. De referir que a Automotive News afirma que o Passat GTE já foi mesmo excluído, mas no site nacional da marca ele continua a constar da oferta. É, no entanto, referido ambos vão ser relançados em 2019. Mas esta situação não significa o fim de linha para os híbridos de Plug-In, antes que eles vão passar por uma evolução em que o recurso a baterias de maior capacidade será essencial. No Salão de Paris surgiram modelos que comprovam isso mesmo, desde logo com a ofensiva do Grupo PSA, que afirmou que os futuros Peugeot 508 e 3008, Citroën C5 Aircross e DS7 Crossback PHEV vão conseguir atingir emissões abaixo das 50g/km. No caso do Grupo Volkswagen a configuração a aplicar pode ser a mesma do Skoda Vision RS, que combina um motor a gasolina 1.5 com uma bateria de 13kW para alcançar um máximo de 70km de condução sem emissões poluentes.   Fonte: Automotive News Europe