Os saudosos anos 80 e 90 do século passado levam-nos a um tempo em que os pequenos desportivos povoavam o nosso imaginário. Na Opel, tal traduzia-se em ícones como o Corsa ou Astra GSi, cujas variantes multivitaminadas foram entretanto substituídas pela sigla OPC (Opel Performance Center). Os GSi estavam assim destinados ao abandono. A nunca mais verem a luz do dia. Até que a a marca germânica decidiu que estava na altura de recuperar a história... e três letrinhas mágicas que um dia fizeram bandeira. A novidade? Já não se trata do Corsa ou do Astra: o regresso acontecerá pela mão do familiar Insignia, com estreia marcada para setembro, durante o próximo Salão Automóvel de Frankfurt. Mais rápido do que o anterior OPC Podendo ser olhada como a versão de desempenho logo abaixo do OPC, o Insignia GSi deixa-se ver com pneus Michelin Pilot Sport 4S e jantes de 20 polegadas, a que se junta uma suspensão controlada eletronicamente e travões de maior eficácia com a assinatura da Brembo. A isto soma uma uma carroçaria mais desportiva, uma nova caixa automática de oito velocidades com patilhas no volante, a tração integral com vetorização de binário e bancos forrados a couro em formato 'bacquet', com o selo AGR, para que o condutor esteja sempre bem posicionado para o melhor controlo do carro. Tudo junto faz com que o novo Insignia GSi seja até mais rápido do que o anterior Insignia OPC no circuito de Nürburgring – uma boa forma de atestar as suas capacidades dinâmicas. A movê-lo está o motor 2.0 Turbo de 260 cv, que anuncia um binário máximo de 400 Nm e um consumo misto de 8,6 l/100 km. Além do 2.0 Turbo, a Opel revela que o Insignia GSi poderá ainda ser equipado com um potente motor turbodiesel. "O novo Insignia GSi é claramente mais rápido numa volta ao Nürburgring-Nordschleife do que o anterior Insignia OPC, que era mais potente", revela o Diretor de Performance Cars e Motorsport da Opel, Volker Strycek, ele próprio um ex-piloto, campeão alemão de Turismos. Uma das razões para tal prende-se com o peso, visto que o GSi é 160 kg mais leve do que o OPC com motor 2.8 V6 Turbo. "É esta combinação de baixo peso - especialmente sobre o eixo dianteiro - baixo centro de gravidade, potência disponível numa faixa alargada de rotações e a melhor tecnologia em tração, que tornam o GSi tão rápido", explica Strycek. A suspensão do Insignia GSi recebe molas mais curtas em 10 milímetros e amortecedores de alto desempenho que reduzem os movimentos da carroçaria ao mínimo. Os travões Brembo, com pinças de quatro êmbolos, e a direção assistida, foram adaptados à nova configuração. De série, o GSi surge equipado com o chassis de controlo eletrónico FlexRide, capaz de reagir em frações de segundo para ajustar, entre outros, a pressão dos amortecedores e a assistência da direção. A unidade de controlo do sistema também consegue intervir ao nível da resposta do acelerador e dos pontos de troca das oito velocidades da caixa automática. O condutor pode escolher entre os modos Normal, Tour e Sport, com parâmetros diferentes de funcionamento. Um exclusivo do GSi é o modo 'Competição', ativado através do ESP, que permite a condutores experientes controlarem eles próprios ângulos maiores de derrapagens, bem como a entrega da potência - algo essencial para uma volta rápida no Nordschleife, por exemplo. 33 anos de tradição GSi Adotada pela Opel em 1984, a sigla GSi surge pela primeira vez nos modelos Manta GSi e Kadett GSi, com motor 1.8 de 115 cv. Quatro anos mais tarde aparece no Kadett GSi 16V equipado com o célebre 2.0 DOHC de 16 válvulas que debitava 150 cv. O primeiro Astra, em 1993, também herdou este motor, bem como a designação, que veio a partilhar com uma versão 1.8 de 125 cv. E houve igualmente versões GSi em várias gerações Corsa, começando no Corsa A com 100 cv e terminando no Corsa D em agosto de 2012. Leia também: Novo Opel Insignia começa nos €28.680. Veja-o em 6 vídeos