Google processa Uber por roubo tecnológico

O caso está relacionado com o download ilegal por um ex-funcionário da Waymo de documentos relacionados com tecnologias desenvolvidas pela Google para a condução autónoma. A luta entre os gigantes cibernéticos pelo desenvolvimento de tecnologias de condução autónoma está ao rubro, com companhias como a Google, Apple e Uber envolvidas numa corrida com os fabricantes "tradicionais" para colocar os automóveis a seguir caminho sem intervenção humana. E, como ocorre em muitas competições, existe sempre quem recorra à batota, algo que a Google acusa agora a Uber de fazer. O caso tem como protagonista Anthony Levandowsky, um ex-funcionário da Waymo, a divisão responsável pelos sistemas de piloto automático da Google, que terá feito ilegalmente o download de 14000 documentos relacionados com os radares Lidar seis semanas antes de deixar a empresa, o que ocorreu em janeiro de 2016. Posteriormente Levandowsky foi contratado pela start-up de veículos comerciais autónomos Otto, entretanto adquirida pela Uber. O caso até poderia ter permanecido secreto, que a Google não tivesse sido inadvertidamente adicionada para receber um conjunto de emails trocados entre a Uber e uma fornecedora com quem trabalha. Nestas mensagens surgia o design de um circuito destes radares Lidar que é praticamente idêntico ao seu, o que deu origem a esta queixa judicial. A questão assume especial importância pois a Google sempre se orgulhou do desenvolvimento próprio dos seus sistemas de radar Lidar, algo que afirma ter permitido reduzir os custos na criação desta solução em 90%. Num post colocado online a Google afirma que "acreditamos que estas ações foram parte de um plano concertado para roubar os segredos e propriedade intelectual da Waymo". A empresa de mobilidade também já reagiu a este caso, e publicou que "levamos muito a série as alegações feitas contra a Otto e a Uber e vamos olhar para esta matéria cuidadosamente".   Fonte: Automotive News