Para o transporte urgente de órgãos entre vários centros hospitalares, a GNR conta, desde o verão do ano passado, com um Mercedes-Benz CLS 350 CDI. Até agora, a viatura já realizou 15 missões especiais, permitindo salvar igual número de vidas.
A frota da Guarda Nacional Republicana (GNR) conta, desde o verão de 2021, com um Mercedes-Benz CLS 350 CDI destinado ao transporte urgente de órgãos entre os vários centros hospitalares do território nacional.
A unidade em causa é de 2010 e foi sujeita a intervenções técnicas na Sociedade Comercial C. Santos para poder desempenhar a sua missão com a máxima eficácia e sem imprevistos.
"Esta viatura foi-nos entregue no ano passado. Teve de ser submetida a algumas reparações a fim de contribuir para que a segurança da mesma e a performance estivessem maximizadas e otimizadas", afirma o capitão Luís Paulino, comandante do Destacamento de Trânsito do Porto da GNR.
O Mercedes-Benz CLS 350 CDI já realizou 15 transportes de órgãos, permitindo salvar igual número de vidas, numa missão que os militares da GNR se sentem orgulhosos.
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"A importância desta missão, a qual é bastante nobre, deriva do facto de, pela infelicidade de algumas vidas se perderem, nós conseguirmos contribuir para salvar outras. Pelo que é uma missão que nós desempenhamos com muito gosto e agrado, tendo em conta o objetivo nobre da mesma", sublinha o comandante do Destacamento de Trânsito do Porto da GNR.
Segurança e rapidez
O Mercedes-Benz CLS (C218) 350 CDI de 2010 ao serviço da GNR para o transporte urgente de órgãos está equipado com um motor diesel de seis cilindros de três litros e caixa de velocidades automática AMG de sete velocidades. Segundo dados oficiais do construtor, este veículo acelera dos 0 aos 100 km/h em sete segundos e pode atingir uma velocidade máxima de 246 km/h. O consumo médio de gasóleo anunciado é de 7,6 l/100 km.
De acordo com o capitão Luís Paulino, a missão pressupõe que se consiga efetuar em segurança a ligação entre o ponto de recolha e o de entrega no mais curto espaço de tempo possível, no sentido de manter o órgão nas melhores condições possíveis.
"Convém ter um veículo que realmente transmita segurança na condução e que tenha uma performance que leve a que a missão seja executada o mais rápido possível e com a maior segurança possível, tanto para os nossos militares, como para os outros cidadãos que circulam nas vias por onde o transporte é feito", explica o o comandante do Destacamento de Trânsito do Porto da GNR.
O capitão Luís Paulino destaca as qualidades dos veículos específicos para esta missão da GNR. "Com esta viatura, conseguimos evoluir naquilo que fazíamos com os nossos veículos de patrulha, que eram os veículos 'normais' com que nós executávamos os serviços. Neste caso, conseguimos, de facto, subir de nível e conseguir fazer esse serviço de forma mais rápida, eficiente e segura", afirma.
"Grande parte dos serviços de transporte que fazemos é Porto-Lisboa. Portanto, é uma distância de 300 km, que tem que ser feita no mais curto prazo possível. Este veículo, em particular, ajuda a isso", salienta o comandante do Destacamento de Trânsito do Porto da GNR.
Quase 280 vidas salvas em 2021
No ano passado, a GNR realizou um total de 277 transportes urgentes de órgãos em todo o país. De acordo com Luís Paulino, o Destacamento de Trânsito do Porto foi o segundo em termos de transportes realizados, tendo completado 25 missões em 2021.
Para a GNR é, também, importante comunicar esta nobre missão. "Ao longo dos anos tem-se tentado que a imagem das forças de segurança seja melhorada e que haja um conhecimento por parte da sociedade de que esta é uma missão que nós também desempenhamos e que contribui para que haja vidas salvas e para melhorar aquilo que é a sociedade a funcionar como um todo", conclui Luís Paulino.