A General Motors prepara-se para uma reestruturação, de que vai resultar um foco no desenvolvimento dos SUV, de veículos elétricos e da condução autónoma. Mas, como parte deste processo, a GM vai despedir 18.000 funcionários e encerrar sete fábricas Está a ser delineado um plano de reestruturação da GM que vai ter forte impacto na força laboral da empresa, com a saída dos quadros de 15% dos atuais funcionários. Isto representa o despedimento, ou saída em outros moldes, de 18.000 funcionários, o que já motivou protestos à entrada das fábricas, mas a contenção da despesa não fica por aqui. Junta-se ainda um decréscimo de 25% no staff executivo e, além disso, vão ser encerradas seis fábricas na América do Norte (quatro de produção de modelos e duas de caixas de velocidades), que se juntam ao já anunciado encerramento das instalações de fabrico na Coreia do Sul. Com todas estas mudanças, a General Motors espera vir a poupar aproximadamente 4 mil milhões de euros. Nos últimos anos a GM já tem vindo a implementar mudanças estruturais. As mais visíveis foram na Europa, numa primeira fase com a saída da Chevrolet deste território e depois com a venda da Opel ao Grupo PSA (onde a marca germânica se tem vindo a integrar bastante bem). Esta reestruturação da GM também vai mudar o foco no desenvolvimento de produtos, acompanhando o decréscimo de procura de sedans no mercado americano. Por isso, devem ser eliminados da gama das várias marcas modelos como os Chevrolet Cruze, Impala e Volt Hybrid, o Caddilac CT6 e o Buick LaCrosse. Seguindo o exemplo dos compatriotas da Ford, também a General Motors deve agora dar primazia ao lançamento de SUV, dada a crescente procura por estes modelos. Além disso, também será reforçada a aposta no desenvolvimento de modelos elétricos (a marca até já tem uma plataforma desenvolvida para o efeito, usada na versão de emissões 0 do Chevrolet Cruze e no Opel Ampera-e) e também no campo da condução autónoma, preparando a crescente importância que estas áreas vão ter no mercado automóvel.