Elon Musk confia na capacidade da Tesla a 100%. O CEO do fabricante norte-americano acredita que a sua tecnologia é vanguardista ao ponto de o nível 5 da condução autónoma, ou seja, a plena autonomia dos automóveis se conduzirem sozinhos, ser só uma questão de software. Mas não é bem assim. Quem o diz é Scott Miller, diretor da General Motors. Se é verdade que a Tesla já deu e continua a dar provas de que é um dos fabricantes mais vanguardistas no que respeita à tecnologia e à condução autónoma, também é verdade que ainda há metas difíceis de alcançar neste momento. Uma delas é o nível 5 de condução autónoma, em que os automóveis assumem o controlo da viatura em todas as situações, dispensando qualquer intervenção humana. Elon Musk, que até planeia meios de transporte alternativos (e que já pode ver em ação), considera que implementar o nível 5 de condução autónoma é apenas uma questão de software para a Tesla. Os vizinhos da General Motors discordam. Scott Miller, responsável máximo da GM, disse ao meio australiano The Sidney Morning Herald que, considerando "o nível de tecnologia e de conhecimento necessários para essa missão, é fisicamente impossível apenas com cameras e radares alcançar o nível 5 de condução autónoma". Esta presunção contrasta com a ideia de que atingir o nível 5 é apenas uma questão de software, ou seja, de programação com os recursos atualmente disponíveis. Leia também: Tesla está em vantagem na condução autónoma O mesmo responsável aponta ainda a necessidade de haver comunicação entre os diferentes tipos de tecnologia, em especial a LiDAR (Light Detection and Ranging), uma tecnologia óptica de deteção, os radares e os sensores. "Seria possível fazer algo com menos e menos sólido? talvez. Mas seria possível faze-lo com o que se encontra no atual Tesla Model S? não acredito", conclui Scott Miller. Quem sabe se Elon Musk não tem uma surpresa preparada, pronta para dar resposta às dúvidas de Scott Miller. A General Motors também está a investir no desenvolvimento da condução autónoma, bem como em motorizações sem poluentes. Leia também: General Motors prepara ofensiva de peso nos elétricos