Agora são as autorizações. Construção da Gigafactory alemã volta a parar

Após várias paragens pelos mais diversos motivos, eis que a construção da Gigafactory da Tesla, em Berlim, volta a parar.

Não vão bem as coisas com a Gigafactory que a Tesla procura construir em Berlim, na Alemanha. Depois de alguns problemas, da mais variada índole, que obrigaram a interromper os trabalhos, eis que a construção volta, agora, a parar. Desta feita, porque, dizem as autoridades, a autorização dada para a construção era apenas temporária.

A notícia é avançada pelos media alemães e, mais concretamente, pelo diário alemão Tagesspiegel, o qual noticia que, desta feita, foi a Agência para o Ambiente do estado alemão de Brandenburgo, a responsável pela interrupção dos trabalhos.

Segundo a mesma publicação, a agência estadual terá mandado parar, não somente, com a instalação de todo o equipamento de fabrico, como também com o desbravamento do terreno onde estavam localizadas umas quintas. E que a Tesla adquiriu, mais recentemente, para aí instalar a pintura.

A Agência para o Ambiente alega que a Tesla apenas possui uma aprovação condicionada para a realização destas obras, as quais só podem, assim, avançar, a partir do momento em que a empresa norte-americana deposite, à ordem das autoridades, uma caução de 100 milhões de euros.

A agência revela, ainda, que, este depósito, servirá para suportar os custos de desmantelamento, no caso do projecto da construção da fábrica vir a ser rejeitado nas instâncias finais.

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Com esta posição, as autoridades estaduais alemãs parecem confirmar as notícias segundo as quais, a empresa de Elon Musk, terá decidido avançar com a construção da também conhecida como Gigafactory de Berlim, por sua exclusiva conta (financeira) e risco, sem que tenha na sua posse uma autorização final de todas as entidades envolvidas, para a instalação e produção da fábrica.

Com esta nova exigência, agora conhecida, das autoridades, o estado alemão de Brandenburgo procura garantir financiamento para voltar a transformar o local numa zona rural, caso o projecto da Gigafactory alemã venha a ser chumbado no final.

De referir, ainda, que o prazo inicial dado pelo estado para o depósito da caução, era o dia 17 de dezembro. Sendo que a Tesla respondeu no dia 16, pedindo uma extensão do prazo até 15 de janeiro de 2021. Pedido que as autoridades de Brandenburgo recusaram, aceitando prolongar, mas somente até ao dia 4 de janeiro.

"Enquanto a caução não for depositada, as duas autorizações temporárias estão suspensas", afirma o diário alemão, recordando que, "esta alteração acontece numa altura em que decorre, no Tribunal Superior Administrativo de Berlim-Brandenburg, uma queixa a exigir a libertação de 82,2 hectares detidos pela Tesla, apresentada pela Associação para a Protecção da Natureza e pela Liga Verde".

Entretanto, não deixa de ser curioso que, apesar da enorme valorização que a Tesla tem vindo a registar, a empresa não tenha depositado já os 100 milhões de euros, para que os trabalhos de construção não parem. Algo a que o fabricante norte-americano responde, dizendo que o problema reside em questões processuais e de coordenação internos, que exigem mais tempo para ser ultrapassados, que o prazo dado, de início, pelas autoridades alemãs.

Prevista já para 2021

Recorde-se que, segundo as previsões de Elon Musk, a Gigafactory de Berlim deverá ficar totalmente operacional durante o ano de 2021, para aí serem produzidos, não apenas o novo Tesla Model Y, como também baterias e motores.

https://youtu.be/sFpAUlXfYoY

Resultado de um investimento total na ordem dos quatro mil milhões de euros, a fábrica deverá ser capaz de produzir cerca de 500 mil veículos por ano, graças a uma mão de obra humana a rondar os 10 mil empregados.