Os responsáveis pela construção da fábrica da Tesla em Berlim, também já conhecida como GigaBerlin, foram obrigados, esta semana, a interromper os trabalhos, ainda que apenas temporariamente. Mas se a situação em si poderá ser encarada como algo até "normal", já as razões que motivaram essa mesma paragem, não deixam de ser surpreendentes - segundo testemunhos, tudo parou, porque a Tesla não pagou a conta da água!
A notícia foi relatada não somente através das redes sociais, como fez eco na publicação alemã Heise, a qual noticiou que os trabalhos de construção da primeira fábrica da norte-americana Tesla na Europa foram interrompidos, porque o fornecimento de água ao local, foi cortado.
A publicação falou, inclusivamente, com Sandra Ponesky, porta-voz da empresa responsável pelo fornecimento da água Wasserverband Strausberg-Erkner, a qual confirmou que o corte do abastecimento, deveu-se ao não pagamento da água já gasta.
Ainda segundo a mesma empresa, a Tesla terá sido contactada várias vezes pelo fornecedor, através do envio de vários avisos para que a questão fosse regularizada.
No entanto, a marca norte-americana de veículos elétricos nunca terá respondido a qualquer um desses contactos, tendo deixado arrastar o assunto.
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Garantindo que, em momento algum, a Tesla terá tido um tratamento diferente dos restantes consumidores, a empresa Wasserverband Strausberg-Erkner assume que, não lhe restou outra hipótese, senão cortar o fornecimento de água.
Ainda segundo a Heise, a Tesla Manufacturing Brandenburg SE, entidade criada pela Tesla, Inc. para liderar a construção e funcionamento da nova Gigafactory em Berlim, terá assinado, recentemente, um contrato de fornecimento de água com a Wasserverband Strausberg-Erkner, para abastecimento de água e tratamento de esgoto, mas apenas para a primeira fase do projecto.
Neste momento, o fabricante de automóveis está a receber água através de uma ligação temporária, feita com recurso a canos verticais.
Recorde-se que a Gigafactory de Berlim tem previsto começar a produzir já a partir do próximo verão. Numa primeira fase, a uma velocidade que deverá permitir fabricar 500 mil carros por ano, graças também a uma mão-de-obra composta por cerca de 12 mil funcionários.