Com a Mobilidade Elétrica a crescer a passos largos, limitada apenas por questões tecnológicas relacionadas, nomeadamente, com as baterias, a General Motors acaba de garantir que, esse, é um problema com resolução para breve. Isto, porque, as baterias capazes de fazer um milhão de milhas, mais de 1,6 milhões de quilómetros, estão "para breve".
Numa altura em que são cada vez mais os construtores automóveis a enveredarem pela Mobilidade Elétrica, também como forma de responder à maior consciência ambiental que as sociedades começam a demonstrar, têm sido os aspectos tecnológicos, e, nomeadamente, as baterias, a condicionarem a implementação definitiva dos veículos elétricos.
LEIA TAMBÉM
Carros Elétricos. Tudo o que precisa de saber sobre baterias
Limitado, até hoje, tanto na capacidade, como a durabilidade, este importante componente, em qualquer veículo elétrico, pode, no entanto, conhecer, em breve, um importante e significativo, salto qualitativo, garantindo ciclos de vida substancialmente mais longos. Que a norte-americana General Motors (GM) garante, poderem mesmo chegar, ao milhão de milhas, ou seja, mais 1,6 milhões de quilómetros.
Em declarações à agência noticiosa Reuters, o vice-presidente executivo da GM, Doug Parks, garantiu que a General Motors está "quase lá", no que concerne ao desenvolvimento de uma bateria para veículos elétricos, que dure um milhão de milhas.
Com estas declarações, o responsável da GM anuncia, assim, uma nova família de baterias, capazes de durar mais de 1,6 milhões de quilómetros, sem perder entre 20 a 30% da sua capacidade inicial de carregamento. Sendo que, mesmo depois de cumprir esse novo e longo período de vida, as baterias deverão manter-se capazes para ser utilizadas, ainda e por exemplo, em sistemas de armazenamento de energia.
Primeiro que a Tesla?
Recorde-se que um dos rivais da General Motors, a Tesla, já tinha anunciado estar a trabalhar nesse novo tipo de baterias, embora, até ao momento, nada se saiba sobre o seu desenvolvimento.
Quanto à tecnologia GM, também não se sabe, ainda, quando, exactamente, é que poderemos ver a concretização deste objectivo. Sendo que certo que o fabricante se encontra a trabalhar, igualmente em áreas como a química livre de cobalto, baterias de estado sólido e processos de carregamento ultra-rápido.
Outro aspecto importante, é o número de ciclos de carga que uma bateria, concebida para durar mais de 1,6 milhões de quilómetros, terá de comportar. Sendo que, atualmente, uma solução concebida para durar perto de 483 quilómetros, suporta cerca de 3.333 ciclos, ao passo que uma bateria com um período previsto de vida de cerca de 965 km, receberá cerca de 1.667 ciclos de carga.
A questão dos ciclos vs. tempo de vida
No caso destas novas baterias, o número de ciclos de carga terá de ser significativamente bastante mais elevado, não só porque, observadas à luz das tecnologias conhecidas, todas as baterias perdem, ainda que de uma forma residual, capacidade a cada ciclo de carga, mas também porque, muitos destes carregamentos, não são completos, mas parciais.
De resto, certo é, também, que, quanto maior for o pack (físico) de baterias, assim como a respectiva potência (mais de 200 kWh, provavelmente), maior será a autonomia e a quilometragem máxima alcançada.
Finalmente e com a concretização de baterias capazes de durar mais de um 1,6 milhões de quilómetros, será igualmente necessário que, os próprios automóveis elétricos, vejam aumentar a sua expectativa de vida, muito para além do número de anos que hoje em dia lhes são atribuídos.