A utilização de gás natural veicular em Portugal evitou emissões de dióxido de carbono superiores a 10.000 toneladas em 2020, segundo refere a Gasnam. Atualmente estão em circulação mais de mil veículos movidos com este combustível alternativo,
A utilização de gás natural veicular permitiu evitar a emissão de 10.052 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera no ano de 2020 em Portugal, segundo refere a Gasnam (Associação Ibérica de Transporte Sustentável), com base nos dados mais recentes sobre este combustível nos transportes.
O gás natural veicular contribuiu para a redução de gases com efeito de estufa no nosso país e para a melhoria da qualidade de ar.
De acordo com a Gasnam, estão em circulação mail de mil veículos movidos a gás natural. Mais de metade (525) são autocarros urbanos que estão ao serviço de empresas de transportes de passageiros como as Carris, os STCP, os Transportes Urbanos de Braga e os Transportes Coletivos do Barreiro, entre outros.
Mas não é só no transporte pesado de passageiros que o gás natural veicular se está a ganhar expressão, mas também no mercadorias, encontrando-se em operação mais de 225 camiões que operam no longo curso nos segmentos de carga geral e alimentar.
O recurso ao gás natural pelos transportes e mobilidade reduz de forma imediata as emissões de dióxido de carbono em cerca de 20% face aos combustíveis convencionais.
Integração de gases renováveis
A Gasnam sublinha que o gás natural veicular possibilita a integração progressiva de gases renováveis como o biometano e o hidrogénio verde. A nível europeu, o volume de integração já ultrapassa os 17% com a Suécia a liderar esta tendência com mais de 94% de gases renováveis no setor dos transportes.
Portugal também está acompanhar esta tendência. Após a publicação do Decreto-Lei 60/2020 de 17 de agosto começam a surgir as primeiras iniciativas de introdução de biometano nas redes de gás natural, permitindo contribuir para o cumprimento das metas de neutralidade carbónica e para uma transição energética mais acelerada no setor da mobilidade.
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A mistura de 17% de gás renovável no combustível de origem fóssil possibilita uma redução entre 30% e 38% das emissões de dióxido de carbono em comparação com o uso de gasolina ou gasóleo, respetivamente.
GNL é alternativa nos transportes
A Gasnam defende que a única solução viável de energia alternativa no setor do transporte pesado é o gás natural e os gases renováveis.
Aquela associação sublinha que o GNL (Gás Natural Liquefeito) está a registar um rápido crescimento, assumindo-se como uma alternativa face ao gasóleo. Em 2019, as matrículas de veículos novos a GNL duplicaram relativamente a 2018 e atualmente já se encontram em circulação mais de dez mil camiões a GNL nas estradas europeias.
Apesar da produção de bio-GNL ainda se encontrar numa fase inicial já começa ser uma realidade, designadamente nos países do norte da Europa, que estão na liderança deste processo.
Em Skogn, na Noruega, o bio-GNL é produzido numa fábrica que trata todos os dias 100 toneladas de resíduos das indústrias pesqueiras e tem capacidade para abastecer uma frota local de 300 camiões a GNL.