Procurando ajudar nos esforços humanitários de ajuda à Ucrânia, na sequência da guerra que atinge o país, a petrolífera portuguesa Galp acaba de anunciar um pacote de iniciativas, na ordem dos 6,5 milhões de euros, destinado a apoiar todos aqueles que estão na linha da frente, a combater esta tragédia humanitária. A começar, por 2,5 milhões de euros, destinados à Cruz Vermelha.
Sobre este último apoio financeiro, que será doado "de imediato" à Cruz Vermelha, a Galp revela que destina-se, em parte, a cobrir o custo do combustível dos voos humanitários que se destinam a trazer refugiados ucranianos para Portugal. Sendo que, o restante dos 2,5 milhões de euros, será repartido por apoios na linha da frente e outras acções da organização na Península Ibérica, "em alinhamento com o Comité Internacional e a Federação Internacional da Cruz Vermelha".
Entretanto, a petrolífera portuguesa assume estar, igualmente, em contacto, quer com o Governo de Portugal, quer com a Embaixada da Ucrânia, quer ainda com o Município de Cascais, com o intuito de garantir o combustível para os aviões com que estes organismos se preparam para levar a cabo voos de transporte de refugiados de países vizinhos da Ucrânia, para Portugal.
O primeiro voo terá, de resto, lugar, já esta quinta-feira, dia 10 de março, com o propósito de ir buscar cerca de 250 refugiados à Polónia.
Entretanto e já em território português, a Galp afirma estar "em articulação com vários municípios", no sentido de assegurar o fornecimento de energia e de outros bens, que garantam "o conforto aos ucranianos recebidos nos centros de acolhimento criados no nosso país".
Ao mesmo tempo, colaboradores da petrolífera têm vindo a desenvolver iniciativas nesses mesmos centros de acolhimento, de "doação de kits personalizados de boas-vindas aos refugiados" e a "aquisição de bens alimentares e de outros produtos considerados de primeira necessidade para os refugiados que estão a ser recebidos nos centros", conclui a Galp em comunicado.
Já numa lógica de médio prazo, a petrolífera diz estar já a desenvolver, em colaboração com o Ministério do Trabalho, Ministério da Economia e o IEFP, um programa de trainees específico para refugiados ucranianos, que deverá resultar numa "oportunidade de estágio para 40 a 50 pessoas".
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Também em parceria com os CTT e a Associação Ucrânia em Portugal, a Galp irá apoiar os camiões que se deslocam até à fronteira com a Ucrânia, para entregar os bens recolhidos por esta associação, com o fornecimento de gasolina, o mesmo acontecendo com os camiões designados pela Embaixada da Ucrânia em Varsóvia e pelo HIPOGEST Group (Hertz), para entrega de mercadorias recolhidas em acções de apoio ao povo ucraniano.
"A Galp assumiu desde a primeira hora o seu repúdio contra a agressão que está em curso na Ucrânia e posicionou-se sem reservas ao lado do povo ucraniano", afirma, no mesmo comunicado, o CEO da Galp, Andy Brown. Acrescentando que, "depois de suspendermos a compra de produtos petrolíferos à Rússia, estamos agora a materializar a nossa solidariedade com o povo ucraniano através de ações que ajudem a trazer o conforto possível aos refugiados neste momento tão difícil".