Os procuradores do Ministério Público gaulês ponderam avançar judicialmente contra o grupo italo-americano pelos valores anormalmente altos de óxido de azoto registados em testes aos seus modelos. A Fiat-Chrysler está na mira das autoridades gaulesas, que no seguimento da investigação lançada devido ao Escândalo VW, descobriram valores bastante acima do permitido para o NOx dos modelos do grupo italo-americano. Este é o terceiro fabricante a ver a pegada ambiental dos seus automóveis colocada em causa pela designada "Comissão Royale" (que tem o nome da Ministra do Ambiente Segoléne Royale), após a Volkswagen e também a Renault, que refutou as suspeitas em relação aos seus automóveis. Em testes de laboratório ligeiramente diferentes dos utilizados para a homologação dos automóveis, as autoridades francesas descobriram que o Jeep Cherokee estava a emitir valores oito vezes acima dos limites para o óxido de azoto. Pior ainda foi a avaliação do Fiat 500X em estradas públicas, registando emissões 17 vezes acima do permitido por lei. A FCA já reagiu a estas alegações e à possibilidade de vir a ser acusada judicialmente, com uma responsável de imprensa a indicar que o grupo não foi oficialmente notificado destas conclusões e que já anteriormente teve oportunidade de fornecer dados às autoridades francesas que demonstram que os resultados destes testes não são equivalentes aos registados tanto pela própria Fiat-Chrysler como pelo governo italiano. Além disso, foram ainda colocadas pelo consórcio italo-americano reservas ao facto de estarem a ser retiradas conclusões com base em avaliações efetuadas com apenas um exemplar de cada modelo e utilizando metodologias que não correspondem às que são a base para as atuais legislações. De qualquer maneira, este é já o terceiro país onde a FCA fica sob suspeita devido aos valores das emissões de óxido de azoto dos seus automóveis, após o mesmo ter ocorrido também nos Estados Unidos e na Alemanha. Fonte: Automotive News Europe