O CEO da Ford, Mark Fields, e o Presidente Executivo Bill Ford, deram voz à indignação da marca contra a proibição de entrada de pessoas oriundas de vários países de maioria muçulmana. Afirmando que não irá "apoiar políticas que vão contra" os seus valores de respeito por todas as pessoas, a Ford veio criticar a medida introduzida pelo novo Presidente Donald Trump, que proíbe a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. O CEO Mark Fields criticou esta opção num vídeo ao qual o site Automotive News teve acesso, e onde afirma que "aquilo que quero de todos saibam é que… nos nossos valores centrais … está o respeito por todas as pessoas". Esta é uma questão importante para a Ford, já que Dearborn, Michigan, onde fica situado o seu Quartel-General, é uma das zonas do país com maior concentração de pessoas oriundas do Médio Oriente. Dos 95000 residentes nesta localidade, estima-se que quase metade, 40000 pessoas, sejam provenientes desta região do globo. Após a posição assumida pelo CEO da Oval Azul, também o Presidente Executivo, Bill Ford, já veio dizer que está contra a medida, utilizando palavras bastante parecidas. "O respeito por todas as pessoas é um valor nuclear para a Ford Motor Company e estamos orgulhosos da nossa grande diversidade aqui [nos Estados Unidos] e no resto do mundo. É por isso que não vamos apoiar esta ou outra política que vá contra os nossos valores. Não temos conhecimento até à data de qualquer trabalhador afetado pela medida. Vamos continuar a trabalhar para assegurar o bem-estar dos nossos funcionários ao promover os valores do respeito e inclusão no local de trabalho". A Ford foi, até ao momento, o único dos três grandes fabricantes americanos a emitir uma reação a esta polémica medida. Além desta marca, também já a Tesla, através do seu CEO, Elon Musk, veio afirmar que está contra a política. Ainda mais longe foi a empresa de car-sharing Lyft, que, em protesto contra esta política de exclusão, anunciou que vai doar ao longo dos próximos quatro anos um total de 1 milhão de dólares à ACLU (American Civil Liberties Union), associação que procura "defender e preservar os direitos individuais garantidos a cada pessoa" nos Estados Unidos.