Depois do Explorer, a Ford acaba de agendar a apresentação daquele que será o seu terceiro modelo eléctrico, o segundo fabricado na Europa, para o próximo dia 10 de julho. Proposta anunciada como um crossover desportivo que, esperam os mais saudosos, poderá vir a chamar-se… Capri.
Com produção agendada para a fábrica da marca norte-americana em Colónia, na Alemanha, a mesma que já produz o SUV 100% elétrico Explorer, este novo modelo recorre, de resto, à mesma plataforma do primeiro, a conhecida plataforma MEB do Grupo Volkswagen. E que, aliás, deu origem a uma parceria industrial entre o construtor alemão e a Ford Motor Company.
Quanto ao nome Capri, que continua por confirmar, seria o ressuscitar de uma designação que faz parte da história da marca da oval azul, enquanto desportivo, comercializado no formato fastback, entre 1968 e 1986. Tendo a Ford vendido um total de 1,8 milhões de carros, distribuídos por três gerações.
No entanto e no que diz respeito a este novo modelo, assumido como um crossover desportivo, a proximidade deverá ser maior com o SUV Explorer, do que com o coupé desportivo, com a Automotive News Europe a avançar que os dois poderão ter o mesmo tipo de relação que existe entre os Volkswagen ID.4 e ID.5. Dois modelos que, recorde-se, têm por base a mesma plataforma MEB.
LEIA TAMBÉM
Lembra-se dele? Ford recupera nome Capri para segundo elétrico de base MEB
De resto e segundo informações já divulgadas, este novo elétrico da oval azul irá rivalizar não só com o ID.5, como também com a versão Coupé do Skoda Enyaq. Além de pretender disputar clientes com propostas como o novo smart #3, Volvo C40 Recharge, Nissan Ariya e Renault Megane E-Tech.
A justificar esta abrangência, os rumores segundo os quais o novo elétrico poderá surgir com um preço próximo ao do Explorer, que na Alemanha começa nos 49.500€, valor pedido pela versão Long Range. A qual promete uma autonomia na ordem dos 602 km.
O novo modelo deverá utilizar a mesma tecnologia de baterias de fosfato de ferro e lítio (LFP) estreada no Explorer e que, além de visar uma redução nos custos de produção, também se anuncia como mais durável e a permitir um maior número de ciclos de carga que a solução química baseada no níquel, manganês e cobalto.
Explorer dominará produção
Ainda quanto à produção na unidade de Colónia, infraestrutura onde o fabricante norte-americano investiu cerca de dois mil milhões de dólares (qualquer coisa como 1,8 mil milhões de euros, à cotação atual) na conversão da linha de montagem, para que passasse a fabricar apenas veículos elétricos, a Ford anunciou já capacidade para produzir 250 mil unidades dos dois carros, por ano.
A garantir este fluxo, uma mão de obra distribuída por três turnos, sendo que, na fase inicial, que deverá começar ainda este ano, a fábrica funcionará apenas com dois turnos.
Segundo o cronograma já definido pela marca norte-americana, dois terços da produção serão do Explorer e apenas um terço ficará para o novo crossover coupé. Isto, porque o construtor acredita que o primeiro continuará reunindo maior preferência na procura.