Para fazer crescer a oferta. Ford aposta em segunda solução química de baterias

A Ford Motor Company prepara-se para aumentar e diversificar a oferta em termos de baterias, com a introdução de baterias do tipo LFP.

A Ford Motor Company prepara-se para a aumentar a sua oferta em termos de baterias para veículos elétricos, não apenas em termos de quantidade, mas, principalmente, no tipo de baterias utilizadas. Mais concretamente, com a introdução de baterias do tipo LFP, a começar pelo Mustang Mach-E.

Com uma composição própria de fosfato de ferro e lítio, as baterias LFP são apontadas, pela própria Ford, como uma solução de duração excepcional, já que não só utilizam menos materiais de maior procura e elevado custo, como o nível ou o cobalto, como ainda oferecem maiores capacidades de carregamento rápido.

Encaradas como forma de tornar os elétricos mais acessíveis e disponíveis para os clientes, até porque envolvem menos custos, à escala, na produção, a marca norte-americana decidiu já introduzir esta segunda opção química de baterias, complementares à já conhecida solução níquel-cobalto manganês (NCM), na sua oferta EV. A começar pelo Mustang Mach-E, já este ano, seguindo-se, em 2024, a F-150 Lightning, uma pick-up, para já, disponível apenas nos mercados da América do Norte.

Prestes a ter disponíveis dois tipos de baterias para veículos elétricos, a Ford defende que, cada uma das soluções, tem os seus benefícios próprios
Prestes a ter disponíveis dois tipos de baterias para veículos elétricos, a Ford defende que, cada uma das soluções, tem os seus benefícios próprios

Aliás e tomando com exemplo, precisamente, a F-150 Lightning, a promessa, já com as novas baterias LFP, de uma autonomia a rondar os 515 quilómetros, a par uma potência na ordem dos 588 cv e um binário máximo de 1050 Nm!

Nova fábrica para garantir a oferta

Com o objectivo de garantir de uma resposta à altura das necessidades, a Ford tem igualmente previsto abrir, já em 2026, uma fábrica de baterias LFP em Marshal, no estado norte-americano do Michigan, projecto implicará um investimento na ordem dos 3,5 milhões de dólares, qualquer coisa como 3,2 milhões de euros à taxa atual. Mas que é, também, apenas uma parte do investimento total de 50 milhões que a marca da oval azul tem previsto alocar à sua estratégia global para liderar aquilo que chama de "revolução EV".

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"A gama de veículos elétricos da Ford gerou uma enorme procura. Estamos a cumprir os nossos compromissos à medida que dimensionamos as baterias LFP e NCM", comentou já o Presidente e CEO da Ford, Jim Farley. Acrescentando que, para já, "são milhares, mas em breve serão milhões os clientes a beneficiar dos veículos elétricos da Ford dotados de baterias com tecnologias de ponta e mais duráveis, que estão agora a ficar cada vez mais acessíveis".

Entretanto e ainda no âmbito desta estratégia em prol da afirmação da mobilidade elétrica, a Ford está a trabalhar com o objectivo de chegar ao fim de 2023 com "uma taxa de produção anual de 600.00 veículos elétricos a nível mundial", a que se seguirá uma segunda meta, que passa por chegar aos dois milhões elétricos produzidos, até ao final de 2026.