A Ford pretende reduzir o impacto da sua atividade sobre o ambiente até 2050. Para alcançar a neutralidade carbónica irá apostar nas três áreas que representam mais de 95% das suas emissões: utilização de veículos, a base de fornecimento e as instalações.
A Ford Moyor Company aproveitou a publicação do seu 21º Relatório Anual de Sustentabilidade para anunciar o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica mundial até 2050.
E para abordar com maior urgência os desafios das mudanças climáticas impostas, por exemplo, pela União Europeia a marca norte-americana estabeleceu metas provisórias de neutralidade de carbono.
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A Ford sublinha que é o único construtor norte-americano de linha completa que está empenhado em cumprir a redução de emissões de dióxido de carbono do Acordo Climático de Paris, sendo também o único que trabalha com o Estado da Califórnia para alcançar as normas mais exigentes sobre os gases de efeito de estufa dos veículos.
Na Europa, a Ford já está a utilizar energia elétrica de origem renovável em todas as suas instalações no Reino Unido, na fábrica de Craiova (Roménia) e em todas as suas instalações em Colónia (Alemanha), incluindo as fábricas de montagem e motores.
Aposta em três áreas
O objetivo da Ford é que a Europa seja uma das primeiras regiões do mundo neutra no que se refere ao carbono. A marca já tinha anunciado anteriormente que pretendia utilizar energia renovável e de origem totalmente local nas suas unidades de produção em todo o mundo em 2035: energia hidroelétrica, geotérmica, eólica e solar.
Para alcançar a neutralidade carbónica, a Ford irá apostar nas três áreas que representam cerca de 95% das suas emissões de dióxido de carbono: utilização de veículos, a base de fornecimento e as instalações.
No que se refere aos veículos, a Ford está a investir mais de 11.500 milhões de dólares em veículos elétricos até ao final de 2022. Além disso, comprometeu-se a disponibilizar uma versão eletrificada de cada modelo de passageiros que lançar na Europa. Até final de 2021, a sua gama contará com 18 veículos eletrificados, incluindo veículos mild-hybrid, híbridos plug-in (PHEV) e elétricos de bateria (BEV).
A marca anunciou ter acelerado significativamente o seu plano para os veículos elétricos em 2021. Uma dos primeiros modelos a chegar será o Mustang Mach-E, já em 2021, com uma autonomia de até 600 quilómetros, segundo o ciclo WLTP.
Economia circular
No domínio da economia circular, a Ford pretende obter valor a partir de desperdício, incluindo, por exemplo, uma nova colaboração para transformar a palha do café, um subproduto de desperdício da produção de café, em peças de veículos que utilizem menos petróleo.
A Ford também reorganizou o fluxo de desperdícios para biomateriais em peças de veículos durante anos, incluindo uma espuma de soja alternativa aos bancos com petróleo na sua base–utilizada em mais de 25 milhões de veículos até hoje – que impede que centenas de milhões de quilos de dióxido de carbono entrem na atmosfera.