Produzido na Áustria e com chegada prevista à Europa já para o final de Abril, o americano Fisker Ocean acaba de ser consagrado como o SUV elétrico de maior autonomia à venda no Velho Continente. Isto, depois de ter sido homologado, após os testes feito segundo a norma WLTP, com 708 quilómetros de autonomia.
Rival assumido de propostas como o Audi Q4 e-tron ou o BMW iX3, o Fisker Ocean é o primeiro modelo da Fisker Inc., pequeno fabricante norte-americano de veículos elétricos cuja estratégia passa por marcar presença, também, nos mercados da Europa Ocidental e Central.
Quanto ao Ocean, trata-se de um SUV elétrico a bateria com vários níveis de capacidade, com a solução mais pequena a anunciar, também já segundo a norma WLTP, 442,5 km de autonomia, enquanto a bateria maior deverá conseguir assegurar até 708 km, com uma só carga.
Produzido na Áustria e, mais concretamente, nas instalações da Magna Steyr, este Fisker Ocean ultrapassa, assim, propostas como o congénere Tesla Model X, cuja autonomia está fixada dos 566 km, ou até mesmo o alemão Mercedes-Benz EQE SUV, com uma autonomia anunciada de 587 km. Ambos os valores obtidos segundo a norma WLTP.
Fisker promete versões e preços idênticos aos dos EUA
Em termos de oferta, que nos EUA começa nos 37.49964 dólares (pouco mais de 34.800€, à cotação atual) e vai até ao 68.999 dólares (64.100€), sendo que a Fisker também já avançou que os valores não deverão diferir muito na Europa, uma vez que o Ocean é aqui fabricado, a promessa de três versões distintas - Sport, Ultra e Extreme -, com reflexos, inclusive, na potência e prestações. Sendo que, a versão base, promete 278 cv de potência no eixo dianteiro e uma aceleração dos 0 aos 96,5 km/h em 6,s, enquanto a Ultra anuncia 547 cv combinando um motor em cada eixo e 3,9s no arranque dos 0 aos 96,5 km/h.
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Finalmente, a versão de topo Extreme, anuncia 558 cv de potência, endossados para as quatro rodas, e que acabam permitindo ao SUV norte-americano atingir os 96,5 km/h em 3,6s.
Relativamente às baterias, que são fornecidas pela chinesa CATL e recorrem a uma composição química de níquel-manganésio-cobalto (NMC), vale a pena salientar que a Fisker Inc. não revelou, ainda, as respectivas capacidades ou até mesmo as potências de carregamento suportadas, argumentando estar ainda a testar as velocidades de carregamento.
Ainda assim, tal não impediu o fabricante norte-americano de anunciar as autonomias para qualquer uma destas versões e que vai desde os 442,5 km prometidos na versão Sport, até aos 628 km da Ultra, e aos 708 km da Extreme.
De resto, nota, igualmente, para o facto das versões de topo contarem, ainda, com um painel de captação de energia solar no tejadilho e que, segundo a Fisker, consegue garantir energia para fazer até 2.414 km por ano.
Pear é o senhor que se segue
A terminar, recordar, ainda, que, embora o Ocean ainda esteja para chegar aos mercados europeus (o fabricante acaba, de resto, de abrir o seu escritório europeu em Munique, na Alemanha), a Fisker Inc. tem já a caminho o seu segundo modelo, denominado Pear, e que foi desenvolvido em conjunto com a gigante da tecnologia Foxconn. Sendo que o arranque da comercialização deste citadino EV está já agendado para o final deste ano, com preços ainda mais acessíveis que o modelo de estreia.
Também fruto das expectativas relativamente a este segundo modelo, o fabricante norte-americano assumiu já como objectivo chegar às 60.000 unidades comercializadas por ano, na Europa.