Culpa não é só do COVID-19. FIAT nunca vendeu tão pouco em Itália

Num mercado automóvel europeu em queda, a FIAT enfrenta problemas acrescidos, depois de ter alcançado, em março, um mínimo histórico de vendas em Itália.

Num mercado automóvel europeu em queda acentuada, a FIAT enfrenta problemas acrescidos. Isto, porque, depois de já ter detido mais de 50% do "seu" mercado, Itália, a marca de Turim viu, agora, cair as suas vendas para, tão só, 9,95 de share.

Os números foram avançados pelo próprio ministro dos Transportes de Itália, destacando o facto da FIAT ter perdido 85% do seu volume de vendas, a partir do momento em que os concessionários começaram a fechar as portas, na segunda semana de Março. Isto, num mercado em que as vendas caíram 91%.

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Embora a queda nas vendas da FIAT em Itália seja algo que tem vindo a acentuar há já algumas décadas, a verdade é que, os valores agora anunciados - a analista de mercado Dataforce, fala, por exemplo, não em 9,9%, mas em 10,4% -, constituem um recorde histórico, para a marca de Turim.

Depois de ter conseguido recuperar ligeiramente das quedas, em janeiro e fevereiro, fixando-se nos 17%, são já várias as teses que procuram explicar os 9,9% de março. Nomeadamente, a falta de investimento na renovação da gama.

Descontinuado em 2018, o Grande Punto ainda não tem sucessor
Descontinuado em 2018, o Grande Punto ainda não tem sucessor

Ainda assim, fora de Itália, os resultados do construtor mantêm-se relativamente estáveis, em grande parte, devido à popularidade do 500. Cujo modelo, só em 2019, atingiu as 140.530 unidades transaccionadas, segundo avança a Autonews Europe.

Após três anos a cortar modelos já pouca expressão no mercado, como era o caso do Grande Punto, que deixou de ser produzido em Itália, em 2018, a FIAT procura ainda substitutos para estas propostas. O que faz com que, especialmente se encararmos as diferentes variações do 500 como um só modelo, a FIAT esteja, hoje em dia, reduzida a uma gama de apenas três modelos: o Panda, o Tipo... e o 500.