A Fiat prepara-se para lançar, já no próximo verão, a quarta geração daquele que é há muito o seu modelo de entrada, o Panda. E que, além de novo nome e plataforma, a permitir também um aumento nas dimensões, promete conjugar a oferta da combustão com a sua primeira versão 100% elétrica.
A notícia é avançada pela Automotive News Europe, acrescentando que, o próximo Panda não deverá ser um substituto directo do modelo atual, o qual, depois de ter chegado ao mercado em 2012, deverá manter-se em comercialização, lado-a-lado com o Novo Panda.
De resto e caso os novos regulamentos relacionados com o Euro 7 venham a ser adiados, a terceira geração Panda, exclusivamente a combustão, poderá mesmo manter-se nos concessionários para lá de 2026, revelou, à publicação, fonte da Stellantis Itália.
Quanto à questão dos nomes, vale a pena recordar que a mesma estratégia foi já implementada pela marca de Turim no 500. Com o modelo exclusivamente a combustão a manter-se em comercialização com o nome de 500, enquanto a nova geração, já elétrica, adoptou a designação de Novo 500.
Aliás e segundo também revelou a mesma fonte, a Stellantis registou, já este ano, o nome 'Pandina', ou seja, Pequeno Panda. Embora com o objectivo passe por utilizá-lo, não num novo modelo, mas em séries especiais do modelo atual.
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Recorde-se que o Panda é, atualmente, o modelo mais vendido da Fiat na Europa, mercado onde lidera o segmento dos citadinos, com um total de 103 928 unidades vendidas até outubro. Número que, ainda assim, representa uma queda de 1,6%, mostram os dados da Dataforce.
No segundo lugar, surge, precisamente, o 500, cujas vendas registam uma subida de 6,6%, para as 94.310 unidades, ficando assim à frente do Toyota Aygo X, com 70.290 unidades vendidas.
Produzido na Sérvia com base na Smart Car
Ainda sobre o futuro Panda, as últimas notícias referem que poderá vir a ser produzido na fábrica sérvia da Stellantis em Kragujevac (o atual sai das linhas de montagem de Pomigliano d'Arco, em Itália), para a qual, em Abril de 2022, o grupo automóvel liderado pelo português Carlos Tavares assinou, em conjunto com o Governo sérvio, um acordo de investimento de 190 milhões de euros. Precisamente com o objectivo de aí produzir veículos elétricos a bateria.
O Novo Panda terá por base a arquitectura de baixo custo Smart Car, desenvolvida na Índia em conjunto com a Tata Consulting, e que a Stellantis pretende estrear com o novo Citroën e-C3. Embora as previsões sejam de que a arquitectura possa vir a servir de base a um total de sete novos modelos.
No caso do modelo da Fiat, esta nova base permitirá que se torne maior do que o atual Panda e de dimensões semelhantes às do futuro e-C3, sinónimo de um aumento de 300 mm comprimento (4010 mm), menos 100 mm na largura (1643 mm) e a mesma altura de 1551 mm.
Preços a rondar os 20 mil euros
Embora e para já, não existam quaisquer informações relativas a preços, o Citroën e-C3, proposta oriunda do mesmo grupo e semelhante no posicionamento, chegará ao mercado já na próxima primavera com um preço de 23 300 euros, em mercados como a Alemanha e França. Valor pedido por uma versão 100% elétrica com bateria de fosfato de ferro-lítio de 44 kWh e autonomia de 320 km.
No entanto, prevista está, igualmente, uma variante ainda mais citadina, com apenas 200 km de autonomia e preço ainda mais baixo, de 19 990 euros, cujo lançamento só deverá acontecer, no entanto, no início de 2025.