O Fiat Ducato poderá ter uma motorização microhíbrida a médio prazo, que se virá juntar à versão elétrica a bateria que acabou de ser lançada. A Stellantis está a considerar desenvolver uma variante a hidrogénio para o longo curso, mas afasta a hipótese de uma versão híbrida plug-in.
O Fiat Ducato poderá receber uma motorização microhíbrida (mild-hybrid), mas não terá uma versão híbrida plug-in, revelou Eric Laforge, responsável da unidade de veículos comerciais ligeiros para a Europa Alargada da Stellantis, durante uma conferência de imprensa com jornalistas da imprensa especializada ibérica, a propósito do lançamento do Fiat E-Ducato.
O responsável adiantou que o motor diesel não irá desaparecer a curto prazo da oferta de veículos, mas para diminuir o consumo de combustível e as emissões é possível fazer a combinação com soluções eletrificadas. Uma delas consiste na tecnologia micro-híbrida (microhíbrida), que utiliza um motor elétrico e uma pequena bateria para otimizar o consumo e as emissões.
A opção híbrida plug-in (PHEV), por sua vez, não está ser considerada pela Stellantis para a gama Ducato porque o aumento do peso do veículo decorrente da instalação de uma bateria e a autonomia em modo elétrico entre 50 a 60 quilómetros não constitui uma vantagem significativa para o cliente.
Por outro lado, a Stellantis admite desenvolver, a médio prazo, uma versão a hidrogénio para o Fiat Ducato, pois considera que constitui uma das soluções para o futuro. Eric Laforge sublinha que esta solução não implica apenas a disponibilização do veículo, mas também a implementação de uma rede de abastecimento.
"Acreditamos que o passo seguinte será o hidrogénio", afirma o Eric Laforge, responsável da unidade de veículos comerciais ligeiros para a Europa Alargada da Stellantis, adiantando que até 2025 cerca de 25% das vendas será de veículos eletrificados.
E-Ducato já disponível
A primeira aposta passa pelo lançamento do Fiat E-Ducato, que já se encontra em comercialização no mercado em mais de 400 configurações para satisfazer as exigências de todos os operadores profissionais, desde frotas para transporte de mercadorias e empresas de construção até artesãos e fornecedores de serviços municipalizados.
O Fiat E-Ducato é proposto em duas opções de bateria, de 47 kWh e 79 kWh, que oferecem autonomias até 170 quilómetros (235 km em ciclo urbano) ou 280 quilómetros (370 km em ciclo urbano) em ciclo WLTP, respetivamente.
Os módulos de bateria estão instalados sob o piso, deixando intacta a capacidade de carga, que, nos furgões, vai de 10 a 17 m3 e quase duas toneladas de peso.
O Fiat E-Ducato está equipado com um motor elétrico que desenvolve uma potência máxima de 90 kW (122 cv) e um binário de 280 Nm, oferece prestações equivalentes às versões diesel ou mesmo melhores no caso do arranque, graças a uma aceleração dos 0 aos 50 km em cinco segundos.
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O Fiat E-Ducato pode ser carregado num posto rápido, sendo possível recuperar o nível de carga da bateria para cerca de 100 quilómetros em apenas 30 minutos.
Em termos de preço, o furgão de chassis médio e tecto normal de 10 m3, com bateria de 47 kWh, é proposto a partir 49.000 euros (+IVA), enquanto a versão longa de 13 m3 custa mais mil euros. A diferença de custo entre a bateria de 79 kWh e a de 47 kWh é de 1570 euros (mais IVA).