Enquanto não troca os motores térmicos por elétricos, evolução agendada para 2021, o Fiat 500 Hybrid representa o primeiro passo do construtor italiano no admirável mundo da eletrificação. Sem complicações ou necessidade de procurar carregadores, como se espera de um citadino.
Quando se pensa num híbrido é fácil começar a imaginar cabos, tomadas, tempos de carga, etc… nada disso é necessário com o Fiat 500 Hybrid. Descomplicado, como o modelo que lhe serve de base, o processo de hibridização do Fiat 500 não prevê qualquer trabalho para o condutor. Só benefícios e um preço atrativo: 20 410 €.
Estes benefícios podem ser fiscais, associados à aquisição de veículos híbridos, ou ambientais. Neste caso, destaca-se a redução das emissões poluentes. Um ganho possível graças à ajuda do pequeno motor/gerador elétrico e de uma função da caixa manual de seis velocidades semelhante à função "à vela" das caixas automáticas.
Motor de três cilindros
Sem alterações mecânicas de relevo face ao modelo base, o Fiat 500 Hybrid utiliza o motor de um litro e três cilindros da família FireFly. Com 70 cv e 92 Nm de binário, o bloco térmico é auxiliado por um pequeno motor/gerador de 12 V.
Ativado pela correia que comanda os órgãos auxiliares, o sistema recupera energia nas fases de desaceleração e travagem. Esta energia é armazenada numa bateria de iões de lítio, com capacidade de 11 Ah. Para além de assegurar o arranque do bloco térmico, o motor elétrico presta assistência durante a aceleração.
O sistema híbrido do Fiat 500 Hybrid permite igualmente desligar o motor de combustão a velocidades inferiores a 30 km/h. Sempre que as condições o permitem, uma mensagem no painel de instrumentos sugere colocar a caixa em ponto morto. A inércia garante o movimento e a bateria de lítio as funções auxiliares.
Menino de cidade
Em cidade, ambiente natural do Fiat 500 Hybrid, o sistema garante uma condução suave. A ajuda elétrica disfarça a falta do quarto cilindro, limando a aspereza caraterística dos blocos tricilíndricos.
Em nome do comportamento, o motor foi montado 45 mm mais baixo. No entanto, basta um subida de pendente médio para perceber que a dinâmica não é o forte do Fiat 500 Hybrid. É preciso trabalhar com as relações mais baixas da caixa manual, sendo o mesmo válido para as ultrapassagens.
Mesmo sem procurar verificar os 13,8 segundos da aceleração até aos 100 km/h, os consumos ficam aquém do anunciado. Os 5,3 l/100 km transformaram-se em 6,4 l/100 km. A condução em ambiente urbano (7,4 l/100 km) foi a principal responsável pela derrapagem dos consumos.