Novo Panda, um supermini EV e crossovers. Fiat vai lançar 10 novos modelos

a Fiat prepara forte ofensiva de produto, a qual trará 10 novos modelos, entre os quais três novos SUV, um novo Panda e um pequeno elétrico.

Depois de um já longo período de adormecimento, em que a subsistência acabou garantida, quase apenas e só, através do 500 e sucedâneos, eis que a Fiat prepara uma forte ofensiva de produto. A qual trará 10 novos modelos, entre os quais três novos SUV, um novo Panda e um pequeno elétrico.

A notícia é avançada pela britânica Autocar, acrescentando que a Fiat tem prevista a composição de um line-up futuro, com cerca de 10 (!) modelos principais. Dos quais farão parte, além de quatro comerciais ligeiros, um citadino de nome Strada exclusivamente para a América do Sul, mais um novo segmento B e, finalmente, três novos crossovers.

Hoje em dia e graças à integração no novo grupo Stellantis, já com capacidade financeira para recuperar, pelo menos, algum do élan que teve em tempos, a Fiat tem, neste momento, já aprovados o design de quatro desses novos modelos, revelou, em declarações à mesma publicação, o Presidente da marca Fiat, Olivier François. Sendo que, pelo menos dois desses carros, receberão uma forte influência do já conhecido concept Centoventi, desvendado em 2019.

Fiat Centoventi Concept
Fiat Centoventi Concept

Também fruto desta renovação, propostas hoje em dia em comercialização, com o crossover 500X ou o citadino Panda, deixarão a linha de montagem, para serem substituídos por novos modelos. Crossovers, naturalmente.

"Vamos realizar os nossos sonhos"

Entrámos num mundo novo. Finalmente, vamos ser capazes de realizar os nosso sonhos", comenta Olivier François, prometendo que, "nos próximos cinco anos, vamos lançar, todos os anos, um carro novo, por região. Sendo que, em termos de globais, acreditamos que vamos poder criar modelos que serão comuns em todo o mundo, algo pelo qual já lutámos no passado".

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Quanto a modelos a segmentos, o Presidente da marca Fiat revela, à Autocar, que "assistiremos a um forte regresso ao segmento B e aos crossovers. Voltaremos aos segmentos mais relevantes. Para já, só temos o 500X, mas o meu objectivo é que tenhamos três modelos."

Assim, nenhum dos novos modelos irá além do segmento dos compactos, com os comprimentos a situarem-se entre os 3,6 m de um Fiat 500 e os 4,5 m, por exemplo, de um Volkswagen Tiguan. Embora a referência, assume François, seja "a prima Citroën".

Fiat 500e
Fiat 500e

Para o responsável máximo da marca de Turim, "o interessante é que podemos dividir o mercado em termos de tamanho", com a Fiat a tornar-se "especialista em carros menores e a Citroën a ter mais legitimidade para cobrir o segmento D". Ainda que, "claro, haverá certamente alguma sobreposição a meio".

O Punto que não será Punto

Já sobre os novos modelos propriamente ditos, o Presidente da Fiat revela, também à Autocar, que o primeiro modelo a surgir será o rival do Peugeot 208 e do Opel Corsa. Uma proposta do tamanho do Punto, "mas que não se chamará Punto", e que poderá surgir, inclusivamente, com variantes híbridas e 100% elétricas, a exemplo do que já acontece com os rivais internos. Até porque, recorda François, a Fiat tem como objectivo tornar-se uma marca 100% elétrica até 2027.

Assumindo, desde já, a pretensão de tornar-se "a Tesla do povo", a marca com "o elétrico para todos", "a primeira marca de massas apenas elétrica", o fabricante recorda que, para isso, é preciso que "o custo da eletrificação diminua", sendo que, a ajudar a isso, a Fiat prepara-se para abandonar as plataformas herdadas da FCA, em favor das arquitecturas Stellantis quer prometem maiores economias de escala para todo o grupo. O mesmo acontecendo com os trens de força.

Fiat Punto
Fiat Punto

Igualmente com presença assegurada no futuro line-up, o popular 500, que a marca defende continuar na senda do sucesso, também em termos comerciais, e o Panda. Embora e neste último caso, a prometer uma nova reinterpretação, através de uma "abordagem essencial e minimalista", mas que não deixará de manter o nome.

"O Panda não era icónico por causa da sua forma, mas devido à filosofia e espírito, sendo isso que estamos a tentar reinterpretar, com um pouco de design reminiscente à mistura. Porque o Panda tem de ser um pouco rude, simples, robusto.", conclui o Presidente da Fiat.