Embora com grande parte do mundo a viver os efeitos de uma pandemia, de uma guerra, e, mais recentemente, da inflação, a verdade é que todas estas crises parecem, simplesmente, passar ao lado de alguns construtores automóveis. Que o diga a Ferrari, que deixou já o aviso aos potenciais interessados: não há mais encomendas até meados de 2024!
A afirmação foi feita pelo próprio Chairman da Ferrari, durante a recente conferência de accionistas da marca de Maranello, em que John Elkmann, neto de Gianni Agnelli, destacou a forte procura que os modelos da marca tem vindo a registar. E que, inclusivamente, levaram já que toda a produção a concretizar até meados de 2024, esteja já vendida.
Destacando "o número recorde de encomendas" já recebidas pela Ferrari e que cobrem a produção "bem para lá da entrada de 2024", o gestor apontou, inclusivamente e segundo noticia a agência noticiosa Reuters, tanto o novo 296 GTB, como o SUV Purosangue, como os modelos que maior procura têm registado.
De resto e ainda em 2022, logo após a apresentação do SUV, o fabricante italiano reconhecia a incapacidade para receber mais encomendas do que as que já tinha entre mãos e que já cobriam a produção para os dois anos seguintes.
LEIA TAMBÉM
Ferrari satisfeita com acordo que permite que combustão viva "para lá de 2036"
A Ferrari já havia, então, estipulado que o Purosangue não poderia exceder os 20% da totalidade da capacidade produtiva do construtor, o que reduzia a apenas 3.000 carros, as previsões de produção, por ano, do modelo.
E com mais 15 novidades a caminho….
No entanto e apesar das restrições em termos de fabrico, Elkmann voltou a reafirmar, na conferência, a intenção da Ferrari de lançar um total de 15 novos modelos entre 2023 e 2026, sendo que, destes, fará parte o primeiro modelo 100% elétrico da marca do Cavallino, previsto para 2025.
Ao mesmo tempo, o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, não deixou de expressar o apoio da empresa à intenção da União Europeia de permitir a manutenção dos motores a combustão, para lá de 2035, desde que movidos a combustíveis sintéticos, por considerar que esta solução "ainda tem muito para oferecer, graças à sua maior eficiência energética e aos e-combustíveis". Prometendo, igualmente, que, "juntamente com parceiros, vamos desenvolver soluções que contribuirão significativamente para a redução das emissões de CO2".
Recordar, apenas, que a Ferrari estabeleceu já como objectivo alcançar a neutralidade carbónica até 2023.