Agendado para 2025, o primeiro Ferrari elétrico de produção poderá surgir, não na forma de um desportivo puro, mas com uma carroçaria de Gran Turismo, rival direto de propostas como o Porsche Taycan. Pelo menos, é isso que indicam os desenhos de patentes que terão sido apresentadas pelo fabricante de Maranello e que, entretanto, caíram na Internet.
Divulgado pelo site norte-americano Taycan EV Forum, os desenhos agora conhecidos fazem antever um automóvel de apenas dois lugares ou, no máximo, com uma configuração interior 2+2. Isto, com uma carroçaria na qual sobressai uma secção dianteira prolongada, para terminar numa secção traseira curta e, previsivelmente, de ombros largos.
Vaticinando linhas muito semelhantes às do atual modelo porta-estandarte da marca de Maranello, o Ferrari 812 Superfast, estes esboços revelam ainda, no capítulo técnico, uma configuração de quatro rodas motrizes. Resultado da colocação de um motor elétrico, não em cada um dos eixos, mas em cada uma das rodas!
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Graças a esta solução, todas as rodas deverão ser, assim, capazes de funcionar de forma independente, garantindo, desde logo, uma maior tração, segurança, mas também divertimento.
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Infelizmente, quer estes dados técnicos mais específicos, como os relativos à própria performance, continuam, ainda, por confirmar, já que, até ao momento, nenhum porta-voz da Ferrari quis confirmar as aplicações destas patentes.
Na linha do SF90 Stradale híbrido
Recorde-se que as últimas informações surgidas sobre aquele que será o primeiro Ferrari eletrificado na história do construtor de Maranello, apontavam no sentido de que o modelo pudesse vir a utilizar a mesma tecnologia do novo SF90 Stradale. Híbrido que conjuga um V8 4,0 litros Twin-Turbo com um trio de motores elétricos.
Mercê desta solução, o SF90 tornou-se também no Ferrari de estrada mais potente de sempre, ao anunciar 1000 cv de potência conjunta.
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Aquando da apresentação deste modelo, em 2019, foi o próprio CEO da Ferrari, Louis Camilleri, a apontar o SF90 como "o primeiro passo numa nova direção que a Ferrari adoptará de forma confiante e inabalável".
A (eterna) questão da autonomia
No entanto, também no ano passado, o responsável máximo pelo departamento de tecnologia na Ferrari, Michael Hugo Leiters, assumia, também em declarações à Autocar, que, "neste momento, a tecnologia [de propulsão elétrica] ainda não está madura o suficiente".
"Basta ver aquelas que são as exigências dos clientes: o aspecto mais importante é, desde logo, a sonoridade", defendeu Leiters. Recordando que, "continuamos com o problema da autonomia, algo ainda mais grave quando se trata de um desportivo. Porque, a verdade é que a autonomia continua muito dependente da aceleração e da velocidade".