Ferrari convertida em marca elétrica? Não enquanto Camilleri viver!

Numa época em que os construtores automóveis parecem caminhar rumo à Mobilidade Elétrica, a Ferrari diz não acreditar que se tornará elétrica.

Numa época em que os construtores automóveis parecem caminhar, praticamente sem excepção, rumo à Mobilidade Elétrica, há, pelo menos, um, que assume não acreditar que possa vir a tornar-se 100% elétrico. Falamos, claro está, da Ferrari...

A revelação foi feita pelo atual CEO da Ferrari, Louis Camilleri, que, apesar da marca do Cavallino Rampante apresentar, já hoje, modelos eletrificados, defendeu, durante uma videoconferência com investidores, não acreditar que o construtor possa vir a tornar-se 100% elétrico.

De resto, o mesmo responsável garantiu, inclusivamente, não acreditar que as propostas elétricas possam vir a representar 50% das vendas da Ferrari, durante o seu período de vida - Camilleri tem, actualmente, 65 anos.

O SF90 Stradale é o atual modelo porta-estandarte da Ferrari, sendo também um híbrido plug-in
O SF90 Stradale é o atual modelo porta-estandarte da Ferrari, sendo também um híbrido plug-in

No entanto e embora a liderança da Ferrari não se mostre particularmente adepta da transição para o Elétrico, a verdade é que, neste momento, a marca de Maranello tem como proposta topo de gama o SF90 Stradale. Nada mais, nada menos, que um híbrido plug-in, que combina um V8 4.0 Twin-Turbo com três motores elétricos.

De resto, também indesmentível é o facto da Ferrari estar a desenvolver um novo V6 híbrido, desconhecendo-se, apenas, qual o modelo que estreará esta nova motorização.

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Assim, mais incertos parecem ser os planos da Ferrari relativamente aos elétricos, com Camilleri a garantir, inclusivamente, que não existirá qualquer Ferrari 100% elétrico, na melhor das hipóteses, antes de 2025. Isto, apesar do surgimento à luz do dia, de patentes registadas pelo fabricante de Maranello, que anunciavam um modelo, impulsionado por quatro motores elétricos, um em cada roda.

No entanto e nas mesmas patentes, também era admitida a possibilidade destes quatro motores elétricos poderem vir a trabalhar em conjunto com um motor de combustão.

Louis Camilleri, CEO da Ferrari

Contudo e perante as declarações agora proferidas pelo seu CEO, parece claro que, ao contrário da maioria dos fabricantes automóveis, a Ferrari não sente qualquer pressa para se tornar uma marca 100% elétrica. Suportando essa descontracção, não apenas em números de vendas relativamente baixos para o mercado, que lhe permitem não ter de se preocupar grandemente com emissões, como também na fidelidade que os seus clientes continuam a demonstrar aos emblemáticos e potentes motores de combustão.