A NEVS, que ficou com os despojos da Saab, não conseguiu encontrar investidores para o projeto e entrou em modo de hibernação. Para reduzir custos vai deixar no desemprego 95% dos funcionários.
A sueca Saab entrou em insolvência há mais de uma década e tudo indica que aquilo que os seus despojos poderão ter o mesmo destino.
No mês passado, a NEVS ativou o "plano de hibernação" como parte de um plano para reduzir custos e evitar a falência. A empresa afirma que apesar de se anteverem oportunidades no futuro, os desafios não são temporários.
Como resultado, a NEVS pretende despedir 320 funcionários, ou seja, cerca de 95% da sua mão-de-obra. Quando os cortes tiverem o efeito desejado, a empresa terá apenas 20 funcionários.

Isto, no entanto, não irá acontecer repentinamente e no dia 23 de fevereiro, a NEVS afirmou que decorrem negociações com "os sindicatos correspondentes para proporcionar o apoio jurídico a todos os funcionários abrangidos pelo processo que se irá prolongar pelos próximos seis meses".
Redução de custos
A CEO interina da NEVS, Nina Selander, afirmou que era com "grande tristeza" que a empresa iria entrar em "modo de hibernação, o que significa que seremos forçados a reduzir todos os custos e a despedir em todas as áreas da empresa".
A responsável acrescentou que a "decisão surgiu depois dos nossos proprietários Evergrande e os nossos potenciais investidores não terem conseguido concluir as negociações de acordo com o nosso contrato".
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A NEVS teve uma existência difícil, já que a empresa adquiriu os bens da Saab Automobile e retomou a produção cerca de um ano e meio depois. O 9-3 ressurgiu como elétrico e a empresa pretendia produzir 220 mil unidades por ano na China. Isso nunca se concretizou e a Evergrande assumiu o controlo em 2019, embora só planeasse retomar a atividade no início de 2021.