A falta de chips, que está a atingir a indústria automóvel, irá estender-se até 2022. O alerta foi dado pelo CEO da Renault, Luca de Meo, que já admitiu um forte impacto sobre a produção da marca.
A falta de chips que está a causar sérios problemas à indústria automóvel está longe de terminar e, de acordo com o CEO da Renault, Luca de Meo, continuará a ser sentida ao longo de 2022. Os comentários foram efetuados alguns dias depois da BMW ter alertado que a crise vai continuar no segundo semestre de 2021.
Numa audição da Assembleia Nacional francesa, Luca de Meo afirmou que o principais fornecedores da Renault se refere à falta de semicondutores como "estrutural" que se vai manter até 2022, adiantando que isso irá aumentar a tensão no sistema mesmo que a capacidade de produção melhore.
O CEO da Renault admitiu que a diminuição do volume de produção foi inevitável no primeiro semestre de 2021, não adiantando o números exatos. Todavia, segundo o Autonews Europe, Luca de Meo tinha feito uma estimativa anteriormente que a crise iria resultar numa redução da produção de cem mil unidades para a Renault em 2021.
Custos elevados para a indústria
A crise global de semicondutores tem origem no forte crescimento de dispositivos eletrónicos durante a pandemia e começou perto do final de 2020. A falta de chips afetou todos os construtores que se viram obrigados a interromper ou a reduzir a produção de vários modelos.
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De acordo com uma previsão da consultora AlixPartner´s publicada em maio de 2021, a falta de semicondutores poderá custar à indústria até 92,6 mil milhões de euros nas vendas de veículos novos.
O impacto desta crise deverá ser refletido nos resultados de segundo do segundo trimestre. Em alguns países, os modelos mais procurados viram o preço aumentar no mercado de usados porque as marcas não conseguem responder à procura.