Apesar da saída dos Estados Unidos do Acordo sobre as Alterações Climáticas, tanto a GM como a Ford já vieram afirmar que os planos para a introdução de veículos híbridos e elétricos, bem como a redução das emissões, são compromissos para manter. Donald Trump justificou no dia 30 de maio a competitividade da economia americana como uma razão primordial para que os Estados Unidos abandonassem o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas. No entanto, o sector automóvel é uma das indústrias que não quer saber sobre as razões apontadas pelo responsável máximo do país, e veio voltar a comprometer-se com as metas e projetos previamente estabelecidos. Apesar de fabricantes de outros países, como a VDA da Alemanha, terem vindo referir a possibilidade dos americanos ganharem uma vantagem, tanto a GM como a Ford reafirmaram a sua estratégia de redução das emissões dos carros produzidos e das suas fábricas. Convém recordar que apesar da importância que o mercado americano tem, para estes fabricantes também existem outros mercados fulcrais, como a China, onde certamente não lhes será futuramente permitido continuar a lançar (sem qualquer penalização) automóveis com registos de poluição bastante elevados e que venham a ser consideravelmente superiores aos das marcas europeias e asiáticas. Como tal, dois dos gigantes da indústria americana, a General Motors e a Ford, reafirmaram os seus compromissos ambientais. A primeira afirmou que "a GM não vai vacilar no seu compromisso com o ambiente e a posição sobre o clima não se alterou. Aparte dos acordos internacionais, continuamos empenhados em criar um melhor ambiente", refere ainda a General Motors, que dá como exemplo o desenvolvimento do 100% elétrico Chevrolet Bolt. Por seu lado, a Ford veio contrariar uma das ideias muitas vezes proferida pelo Presidente Trump, referindo que "acreditamos que as alterações climáticas são reais, e continuamos profundamente empenhados em reduzir as emissões causadoras do efeito de estufa nos nossos carros e instalações". A marca da Oval Azul recordou também que tem prevista a introdução de mais de uma dezena de veículos elétricos e híbridos ao longo dos próximos anos, num plano que inclui modelos como o Mustang, a Transit e um novo Model-E (ainda assim, com uma vitória para o novo Presidente, pois a produção foi confirmada para solo americano). Referência ainda para outro impacto do anúncio de Donald Trump, que foi a saída do dono da Tesla, Elon Musk, do cargo de conselheiro do Presidente dos Estados Unidos. Demonstrando o seu empenho na redução das emissões poluentes, a Ford revelou também já uma versão híbrida do seu veículo policial, o designado Police Responder Hybrid Sedan.