As exportações de componentes automóveis registaram em novembro de 2021 uma queda acentuada face ao mesmo período do ano anterior
De acordo com a AFIA, em novembro de 2021 as exportações de componentes automóveis registaram uma queda de 13,6% face a novembro de 2020, ficando ao nível de 812 milhões de euros. Espanha mantem o primeiro lugar como destino da produção nacional (2.438 M€), seguida pela Alemanha, que regista uma procura de 1.729 milhões de euros, enquanto a França fecha o pódio.
As exportações para o Reino Unido continuam em rota descendente, e o país desceu do quarto lugar para quinto maior local de envio dos componentes automóveis feitos no nosso país. No total, Espanha, Alemanha, França, Estados Unidos da América e Reino Unido representam 71% das exportações portuguesas.
Os dados do último ano indicam, além disso, que apenas em fevereiro e março é que as exportações ficaram acima dos valores atingidos em 2019. Em relação ao acumulado até novembro de 2021, o nível de exportações atingiu os 8.427 milhões de euros, uma descida de 7,9% frente a 2019.
Quebras na cadeia de abastecimento com impacto nas exportações
Entre as causas para esta queda nas exportações estão os problemas nas cadeias de abastecimento que afetam toda a indústria automóvel. A principal questão tem vindo a ser a falta de chips e semicondutores. Mas os componentes eletrónicos, entre outros materiais e equipamentos, também têm sofrido constrangimentos nas entregas, obrigando fabricantes e fornecedores de componentes automóveis a interromper a atividade temporariamente.
Apesar do cenário que se verifica atualmente, Espanha mantém-se acima do nível da pré-pandemia e regista um aumento de 0,1% em relação ao período janeiro-novembro de 2019, ocupando o lugar de principal destino de exportação, com com um quota de 28,9%.
A AFIA recordou ainda que tem disponíveis neste endereço mais dados relativos às exportações de componentes automóveis em 2021.