Se acha que as coimas por excesso de velocidade são altas em Portugal, então, o melhor é esquecer a Finlândia como destino para loucuras ao volante! A confirmá-lo, o sucedido com um empresário finlandês, que, por ter ultrapassado o limite de velocidade em 30 km/h, foi brindado com uma multa de 121.000 Euros.
A notícia surge no periódico finlandês Nya Aland, que ouviu o empresário em questão, Anders Wiklöf, após ter sido multado com uma coima cujo valor pode muito bem vir a ser um autêntico recorde, no espaço comunitário europeu!
Segundo o jornal, Wiklöf circulava a 82 km/h, numa zona em que o limite era apenas de 52 km/h. Sendo que, em sua defesa, o empresário finlandês recordou que, não só a estrada onde tudo aconteceu tinha, até há bem pouco, um limite de velocidade de 70 km/h, como, na altura em que foi apanhado pelo radar da polícia, estava já a desacelerar.
Quanto ao valor (astronómico) da coima, resulta do facto de, na Finlândia, as multas de excesso de velocidade serem fixadas em função dos rendimentos dos condutores. Daí o facto deste empresário ter sido obrigado a pagar mais de 120 mil euros, por ter excedido em cerca de 30 km/h a velocidade legalmente estipulada.
Vale a pena acrescentar que Wiklöf não perdeu apenas dinheiro, em resultado desta transgressão; o condutor finlandês viu também a sua carta de condução apreendida, por um período de 10 dias!
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Primeira multa de excesso de velocidade foi em 1896
Contudo e apesar das penalizações sofridas, importa também destacar o fair-play assumido pelo empresário que, nas declarações ao Nya Aland, não deixou de "lamentar toda esta situação" e desejar que "o dinheiro da multa seja agora utilizado em prol do Serviço Nacional de Saúde, através do Tesouro". "Idealmente, gostava que o dinheiro fosse aplicado nesse domínio", completou.
Ainda sobre Anders Wiklöf, o jornal revela controla a totalidade da Wiklöf Holding, a qual detém mais de duas dezenas de participações em empresas nas áreas da logística, construção, serviços de aerotransporte por helicóptero, imobiliária, comércio e turismo. O que, segundo revela a própria holding no seu site, permitiu, em 2020, um volume de negócios na ordem dos 247 milhões de euros, com um lucro operacional de 11 milhões de euros.
É caso para dizer que, afinal e apesar do montante, o "excesso" até nem saiu muito caro...