A Eurowag abriu duas estações de GNL - gás natural liquefeito na República que se insere na sua estratégia de disponibilização de soluções que permitam ajudar na descarbonização do transporte rodoviário.
A Eurowag abriu duas estações de abastecimento de GNL (Gás Natural Liquefeito) que passaram a integrar uma rede europeia de 700 postos de fornecimento deste combustível.
Esta empresa especializada em soluções digitais para o transporte rodoviário está a apostar na disponibilização de combustíveis com baixo impacto ambiental.
"Consideramos a propulsão a GNL como um dos caminhos possíveis para o transporte rodoviário comercial", afirma Carlos Guerra, Country Manager da Eurowag em Portugal. "As nossas novas estações de GNL são o resultado dos esforços da Eurowag para liderar o caminho do transporte com baixas emissões e sem emissões", explica o responsável.
"A descabonização do transporte de mercadorias só é possível se tivermos instalada a infraestrutura necessária. Graças ao cartão de combustível Eurowag, os nossos clientes podem reabastecer, não apenas nas nossas instalações de GNL em Modletice e Kozomunm, como também em centenas de outros locais em toda a Europa", acrescenta o Country Manager da Eurowag em Portugal.
A rede de aceitação da Eurowag cobre mais de 50% das estações europeias de GNL existentes e a empresa afirma que está a trabalhar constantemente para a expandir.
O gás natural liquefeito (GNL) surge como alternativa ao gasóleo, nomeadamente em veículos pesados. Ao contrário do diesel, o GNL produz menos emissões e, em consequência, tem suscitado o interesse nos últimos anos. De acordo com estudos (gasum.com), o GNL abasteceu mais de 15 000 veículos de mercadorias com mais de 3,5 toneladas de peso nas estradas europeias em 2022.
Diferentes combustíveis
A Eurowag também está a interessada na tecnologia da pilha de combustível alimentada por hidrogénio, mas considera que a sua utilização comercial só será viável a longo prazo. Para os próximos anos, a opção estratégica consiste no GNL e no bioGNL.
Mathias Maedge, secretário-geral de Gmobility da NGVA Europe,partilha a mesma opinião: "O GNL já tem 15 anos de desenvolvimento de mercado. Podemos usar hidrogénio comercialmente em 2030. E não podemos eletrificar o mundo inteiro, especialmente o mundo da logística, que é muito complexo. Para alcançar um futuro sustentável, precisamos de opções que incluam diferentes combustíveis, incluindo o bio GNL".
Por sua vez, o Country Manager da Eurowag em Portugal Carlos Guerra acrescenta que "não existe apenas uma empresa ou uma única solução que possa resolver a descarbonização dos transportes", sublinhando que o transporte rodoviário comercial é um ecossistema muito complexo que inclui a produção de recursos renováveis, o transporte de combustíveis e energia para postos de abastecimento ou recarga, renovação da frota".
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O responsável considera que tudo isso implica "grandes investimentos que exigem uma melhor colaboração entre as empresas e um diálogo intenso com os formuladores de políticas e reguladores. Não podemos prescindir disso".