Europa vs. China: sabe onde se venderam mais elétricos, em 2020?

Mercados de peso distinto, Europa e China protagonizam corrida aos elétricos, levantando a dúvida sobre qual dos dois conseguiu a liderança, em 2020.

Mercados de peso distinto, Europa e China têm procurado responder à pandemia de coronavírus, também no sector automóvel, com especial enfoque nos veículos elétricos. No entanto, será que sabe mesmo, qual destes dois mercados, registou, em 2020, uma maior procura por este tipo de veículos?

A resposta a esta pergunta, surge num estudo mais aprofundado, levado a cabo pela conhecida consultora PWC, e que tem por base a vendas de veículos automóveis, nestes dois blocos económicos - Europa e China.

LEIA TAMBÉM
Apesar da pandemia. Vendas de elétricos continuam a crescer em 2020

Segundo este estudo, a pandemia de coronavírus, que começou na China, mas que hoje em dia atinge todos os países da Europa, veio provocar grandes prejuízos no sector automóvel, com quedas acentuadas de vendas em praticamente todos os países. Ainda que com os veículos elétricos a sofrerem menor impacto, que os modelos com motores de combustão.

Comparando os dois blocos, os dados recolhidos pela PWC concluem, contudo, que, somados apenas os cinco maiores mercados do Velho Continente, a Europa conseguiu suplantar a China, no primeiro trimestre de 2020, em termos de vendas de elétricos.

De resto, os números não deixam margem para dúvidas. Com os dados relativos ao primeiro trimestre de 2020 a revelarem, quando comparados com o período homólogo de 2019, um aumento para o dobro, no número de matrículas de veículos zero emissões, realizadas nos mercados da Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha.

Carros Elétricos

Segundo estes mesmos números, só a "Europa a cinco", terá somado um total de 79.300 veículos 100% elétricos transaccionados, entre janeiro e março. Ao passo que, na China, a venda de elétricos caía, durante este mesmo período, para as 77.256 matrículas.

Cenário poderá mudar em breve

Segundo os especialistas da PWC, as razões para a ultrapassagem da Europa, à China, derivam, em grande parte, do encerramento, de grande parte da atividade, que o Governo chinês impôs no país. O que, a confirmar-se, faz prever que, no segundo trimestre de 2020, seja a Europa a sofrer dessa mesma repercussão, devido à implementação de medidas semelhantes de contenção, nos mercados do Velho Continente.

LEIA TAMBÉM
Portugueses lideram intenções de mudança para carros elétricos

Ao mesmo tempo, importa recordar que a China decidiu implementar uma série de medidas de apoio à compra de veículos elétricos, como forma de ajudar a uma implementação mais rápida deste tipo de viaturas, no país. Sendo que, o país tem, também, uma capacidade instalada de produção deste tipo de veículos, muito superior à Europa.

O papel dos híbridos e híbridos plug-in

Mas se, nos veículos exclusivamente 100% elétricos, o mais provável é mesmo que a China volte a ganhar a dianteira, a PWC também afirma que, somando a estes os híbridos e híbridos plug-in (PHEV), a Europa passa a ter mais hipóteses de, disputar taco-a-taco, a liderança.

Recordando que, nos primeiros, a definição quanto ao líder dependerá, também e muito, de aspectos como a infraestrutura de carga, a qualidade e disponibilidade de modelos, e até mesmo dos apoios governamentais, no caso dos híbridos, a Europa tem uma palavra (maior) a dizer. Ainda que e também neste domínio, muito por culpa dos avanços feitos nas três áreas, atrás apontadas.