Mais EVs, melhor Saúde. EUA divulgam mais exigente plano anti-CO2 de sempre

A Agência de Protecção do Ambiente dos EUA acaba de divulgar a regulamentação mais exigente de sempre em termos de emissões automóveis.

Numa altura em que, na Europa, os legisladores apertam o cerco às emissões, do outro lado do Atlântico, a Agência de Protecção do Ambiente dos EUA acaba de atualizar, já segundo as novas directrizes da Administração Biden, a regulamentação referente às emissões. E que, com entrada em vigor a partir dos Model Year 2023, anuncia-se já como o regulamento mais ambicioso de sempre.

Segundo assume, de resto, a própria Agência de Protecção do Ambiente dos Estados Unidos da América, ou EPA - U.S. Environmental Protection Agency, esta nova regulamentação, cujo período de aplicação vai de 2023 a 2026, encerra os mais ambiciosos objectivos federais de sempre, quanto a emissões de gases de efeito de estufa, para automóveis de passageiros e veículos comerciais ligeiros.

A entidade federal destaca o facto desta nova legislação procurar aproveitar os avanços entretanto conseguidos naquela que é a tecnologia de redução de emissões aplicada aos automóveis, para desbloquear cerca de 190 mil milhões de dólares (mais de 168,5 mil milhões de euros) em benefícios líquidos, que permitirão reduzir a poluição climática, melhorar a saúde pública e economizar dinheiro no momento do abastecimento. Sendo, também, um bom ponto de partida com vista à elaboração da próxima regulamentação, com aplicação aos veículos MY2027 e daí em diante.

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Os EUA preparam a regulamentação mais exigente, em termos de emissões nos automóveis, de que há memória no país

Ainda mais exigente do que a proposta inicial de regulamentação, apresentada em agosto de 2021, as novas regras resultam, desde logo, numa média de 40 mpg (5,8 l/100 km) para todos os construtores, em 2026. Ao passo que o aumento anual de eficiência fica fixado em 5 por cento, valor que já era o padrão na época de Obama, mas que a administração Trump havia descido para apenas 1,5 por cento.

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Com a nova regulamentação, as emissões combinadas de CO2 deverão sofre uma redução de 28,3% até 2026. Queda significativa quando comparado com os 7,4% de redução previsto nas regulamentações anteriores.

Ainda de acordo com a EPA, a nova regulamentação é também eficaz em termos de custos, já que deverá gerar benefícios significativos para a Saúde Pública e Bem-Estar dos cidadãos, ao mesmo tempo que, por exemplo, os motoristas norte-americanos, deverão economizar entre 210 e 420 mil milhões de dólares, até 2050, em custos com combustível.

A nova regulamentação deverá trazer ganhos, também, na poupança dos condutores
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Falando sobre a primeira geração de veículos sujeita a esta nova regulamentação, MY2026, a EPA prevê que as novas normas contribuam para um aumento de 17% na venda de veículos eléctricos (EV), assim como para um uso mais amplo de motores a gasolina mais evoluídos e outras tecnologias já disponíveis nos dias de hoje.

Aliás e no que a EVs diz respeito, a EPA recorda que, segundo as novas normas, 7,5 mil milhões de dólares estão, desde já, destinados a programas de carregamento deste tipo de veículos, tendo também como meta a instalação de 500.000 estações de carga públicas até 2030. Ao passo que, outros 7 mil milhões de dólares, serão aplicados na fabricação de baterias, em materiais, na reciclagem que permita reduzir custos e no aumento da sustentabilidade.

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De resto e a reforçar todo este plano, surge o facto do actual Presidente dos EUA, Joe Biden, ter já assinado uma Ordem Executivo determinando que 50 por cento das vendas de automóveis novos nos EUA sejam, até 2030, de veículos elétricos ou híbridos plug-in.