Existem muitos que interpretam, cada novo regulamento de emissões europeu imposto, como um ponto final na escalada de potência. No entanto, sosseguem os espíritos mais inquietos, já que, pelo menos do lado da BMW, potência é coisa que não irá faltar... e num futuro próximo!
A garantia foi, de resto, dada pelo CEO da divisão 'Motorsport', Markus Flasch em declarações à Whichcar.com.au. O qual, questionado sobre um crescimento mais tímido da potência, nesta nova geração de carros com a insígnia M, garantiu: "Não contem com limites à potência".
Segundo Flasch, os aumentos de potência mais modestos, face à geração anterior de modelos 'M', não significam, por isso, que, no futuro, possa vir a assistir-se a uma estagnação das potências.
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O homem-forte da 'M' também afirmou que, "há 10 ou 15 anos atrás, seria impensável, um sedan, ter 625 cv de potência. Hoje em dia, eu posso dar esses mesmos 625 cv a um M5 e continuar a utilizá-lo nas tarefas mais mundanas, e até durante os meses de inverno, sem qualquer problema."
Markus Flasch defendeu, ainda, que a divisão que lidera consegue ser brilhante, a oferecer modelos de potências extremamente elevadas, mas facilmente domáveis por todo o tipo de condutores.
"Não pode existir potência sem controlo, certo? A questão aqui não é se existe demasiada potência, mas sim a forma como ela é gerida e aplicada, e como se configura os parâmetros de um carro, de forma a que o condutor consiga utilizar esta potência de forma acessível."
O presente e o futuro da M
Nos últimos 5 anos, a divisão 'M' tem vivido um crescimento deveras significativo (mais de 200%), com os seus modelos a contribuírem com metade das vendas totais da BMW.
Entre estes, estão, por exemplo, os BMW da linha M Performance, carros como, por exemplo, o M135i XDrive, o M240i ou o X7 M50i.
No entanto e perante este crescimento exponencial, não só de vendas, mas também do número de modelos providos do símbolo 'M', poderá crescer o risco de uma diluição da identidade, deste departamento tão especial, no seio da BMW.
"A divisão 'M' é como um superlativo, em relação aos valores que compõem a marca BMW, no que ao prazer de condução diz respeito. Neste sentido, o M é um reforçar destes valores, um suplemento, e assim continuará a ser", contrapõe Flasch.
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E em relação à eletrificação da divisão M?
Já quanto à questão, cada vez mais premente, da eletrificação, o CEO da 'M' apenas diz que, "um carro 'M' electrificado, seja ele um híbrido plug-in ou 100% elétrico, irá ser sempre comparado com o seu antecessor não elétrico. Mas, embora eu esteja ciente dos limites físicos deste tipo de propostas, sei que, no futuro, produziremos desportivos electrificados, com prestações superiores aos desportivos das gerações anteriores".