A empresa californiana Sinister Diesel foi apanhada a vender dispositivos que alteravam as emissões de gases de escape de pick-up diesel e vai ter de pagar uma multa de um milhão de dólares.
Uns ficaram com a fama, mas outros também tiveram o proveito no caso da utilização de dispositivos de alteração dos sistemas de emissões de gases de escape de motores diesel.
O mais recente a ser "apanhado" a fazer "batota" foi um preparador da Califórnia que vai ter de pagar uma multa de um milhão de dólares depois de se ter dado como culpado por ter vendido milhares de produtos que permitiam aos proprietários de pick-up contornarem os sistemas de controlo de emissões dos seus veículos.
A Sinister Manufacturing foi acusada de vender milhares de "kits de apagamento" e dispositivos especiais para pick-up que permitiam aos veículos funcionar normalmente depois da remoção dos sistemas de controlo de emissões.
A empresa californiana declarou-se culpada de conspirar para violar o Clean Air Act e enganar os Estados Unidos, assim como de violar a lei ao alterar os sistemas de controlo de emissões de sistemas diesel. Vai ter de pagar 500 mil dólares de multa criminal e mais 500 mil dólares em coimas cíveis. Além disso, a Sinister foi proibida de produzir ou vender estes dispositivos, além de ter de destruir todos os que ainda detém.
Cerca de 40 mil dispositivos vendidos
"A Sinister Diesel vendeu produtos que permitiram aos condutores alterar os sistemas de controlo de emissões dos seus veículos, causando um aumento dramático na libertação de poluentes que pioram a qualidade do ar e prejudicam a qualidade", afirmou o procurador-geral Phil Talbert.
As autoridades acreditam que cerca de 25% das receitas da Sinister Diesel tiveram origem nos produtos de alteração dos sistemas de emissões de gases. Entre 30 de outubro de 2015 e 17 de julho de 2027, a empresa terá vendido 39.792 dispositivos de alteração, incluindo 35.960 kits que desligavam os sistemas de recirculação dos gases de escape.
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A acusação sublinhou que o preparador aconselhava os clientes a retirar os seus dispositivos para passarem nos testes de emissões e depois fornecia instruções acerca da sua reinstalação.
"Por vezes, a Sinister dizia que os seus produtos eram para competição e incluía alertas nos materiais de venda e marketing indicando que deveriam ser usados apenas em fora de estrada", afirma a acusação. "Contudo, a Sinister sabia que a maioria dos clientes finais eram condutores de pick-up diesel que usavam os produtos adquiridos à empresa em estradas públicas e não em pistas de competição".