O CEO da Tesla, Elon Musk, pediu aos funcionários um último esforço, de forma a conseguirem chegar ao final de 2020 com um total de 500 mil veículos produzidos. Volume que, diga-se, deveria ter sido alcançado em 2019. Para 2020, o objetivo inicial era de um milhão de unidades.
Elon Musk parece ter alguma dificuldade nas previsões de números, como, de resto, já o confirmou. Não deixa de ser um mistério que continue a avançar com números, fazendo aumentar as expetativas que acabam por não ser cumpridas pela Tesla.
A divulgação de uma mensagem de correio eletrónico veio demonstrar que isso voltou a acontecer. Depois de afirmar que a produção da Tesla iria atingir 500 mil unidades em 2018 e um milhão em 2020 durante a apresentação de resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020, Elon Musk pediu aos funcionários para "tentarem tudo" para se chegar a 500 mil unidades em 2020.
Será necessário esclarecer que Elon Musk quer responder a todos os críticos que afirmaram agora como há cerca de dois anos que o objetivo de meio milhão de veículos não era possível de alcançar em 2020.
Elon Musk tenta incentivar os funcionários da Tesla, dizendo para "darem tudo por tudo", mas também faz um comentário preocupado acerca da inspeção antes de entrega.
Segundo o patrão da Tesla, seria positivo se no final da linha de produção os carros pudessem ser entregues de imediato sem retificações na inspeção antes de entrega porque "não há tempo suficiente para isso". Por outras palavras, Musk pretende que os carros estejam tão perfeitos que não sejas necessárias reparações.
Extensa lista de problemas de qualidade
Lamentavelmente, a Tesla tem uma lista extensa de veículos com problemas de qualidade, sendo improvável que sejam entregues sem terem de ser retificados na inspeção antes de entrega.
Na verdade é elevada a probabilidade dos funcionários deixarem passar deficiências que deviam ser corrigidas para garantir o objetivo de produção de 500 mil unidades.
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O caso divulgado mais recentemente foi de um Tesla Model 3 produzido na fábrica de Fremont que foi entregue "com lentes sujas e amolgadas do Autopilot, chapa amolgada, assentos danificado e uma altura ao solo inferior ao normal".
O infeliz proprietário do automóvel afirmou que teve de assinar o contrato antes da inspeção, o que impossibilitou a recusa do veículo.