Depois de ter acabado com o DS 3 original em 2019, para o substituir por uma proposta de posicionamento mais crossover, eis que a DS Automobiles estará agora a ponderar regressar à fórmula original. Mais concretamente, lançando um novo DS 3 de posicionamento mais citadino.
A notícia é avançada pela britânica Autocar, com base em declarações da CEO da DS Automobiles, Béatrice Foucher. A qual, falando sobre a próxima geração do modelo de entrada na marca premium francesa, revelou não estar descartada, depois da transformação num crossover para o segmento B, a possibilidade do modelo voltar à fórmula original.
De resto e ainda sobre esta possibilidade, Foucher garantiu, desde já, que, a acontecer, tal sucederá com o futuro modelo a adoptar a propulsão elétrica, graças também à adopção da nova plataforma STLA Small, atualmente em desenvolvimento no seio da casa-mãe Stellantis.
Entretanto e para já, a CEO da DS Automobiles assume que "estamos a trabalhar na renovação do DS 3, sendo que, quando dizemos renovação, não quer dizer que o vamos manter como é hoje".
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Na verdade, explica, "o objectivo desta renovação é podermo-nos apresentar perante aqueles que já são os clientes já fidelizados, mas também os novos clientes que queremos captar, com um carro novo. Sendo que a questão é: qual será o melhor produto para o fazer? Por outro lado, também precisamos de capitalizar o que já feito".
O problema de ser pequeno
Além destes aspectos, Béatrice Foucher também recorda aquilo que muitos responsáveis de marca já têm declarado, que o facto de ser um carro mais pequeno, de entrada de gama, acarreta mais riscos, desde logo, porque os custos de produção por unidade, face à rentabilidade que trazem, são incomparavelmente mais altos. Obrigando, assim, a valores de comercialização também mais altos que o desejado.
Por outro lado, optar por um citadino, em detrimento de um crossover, vai contra aquela que é a tendência do mercado, o que também significa mais riscos, sendo que, "quando se olha para o mercado premium, percebemos que é mais difícil vender carros pequenos, do que grandes, desde logo, porque, com estes últimos, o cliente paga muito, mas também recebe um estatuto equivalente ao valor gasto, o que se torna mais difícil com um carro pequeno, mesmo de uma marca premium".
Contudo, a realidade também mostra que a DS Automobiles tem sido, até hoje, uma marca que mantém carros pequenos, o que faz com que, toda esta problemática, seja "mais difícil de discutir". Embora também seja sempre "uma equação difícil ter um carro pequeno", principalmente, "sendo uma marca premium".