Esta é a ideia deixada por um responsável da Porsche na Austrália, que veio afirmar que esta solução serve para "pessoas que não gostam de limpar as jantes" São praticamente equipamento original de qualquer superdesportivo, e também em muitos outros modelos surgem como alternativa que promete melhorar a capacidade de travagem do automóvel. Falamos dos discos de travão carbo-cerâmicos, considerados como uma vantagem não apenas pelo peso inferior mas também pela maior resistência à fadiga. Mas agora Paul Watson, responsável técnico da Porsche na Austrália, veio dizer que eles podem não ser a solução ideal para andar a conduzir sempre no extremo. "Se fazes track days regularmente, recomendados sempre discos de ferro", afirma este especialista, explicando que os de carbono "podem deteriorar-se se formos muito agressivos nas travagens". Ou seja, efetivamente os travões carbo-cerâmicos são mais eficazes, mas acabam por se desgastar de forma mais rápida, obrigando à sua (bem dispendiosa) substituição. Pelas palavras de Paul Watson fica a ideia de que os clientes querem andar a acelerar em pista sempre que tenham oportunidade precisam de ponderar na relação entre custo e durabilidade do equipamento de travagem. "O problema não são os valores 'puros' de performance dos travões de carbono, mas o custo vs. performance comparado aos discos de ferro". Como tal, este responsável da Porsche Austrália afirma que o grande benefício deste componente de alta performance está em outro ponto. Algo que vai seguramente agradar aos condutores mais preguiçosos e que, infelizmente, apenas querem ter o mínimo de trabalho possível para colocar o carro a andar. Questionado pelos compatriotas da Wheels, Paul Watson afirma que os discos carbocerâmicos são para... "pessoas que não gostam de limpar as jantes. Eles não deixam uma camada de pó de travão acumulada, e isso é uma vantagem".