Dakar 2025. Tudo a postos para a mais exigente das edições

Tudo pronto para o arranque de mais uma edição do Rali Dakar que pelo sexto ano consecutivo vai ser disputado inteiramente na Arábia Saudita. A organização diz que ouviu as críticas dos concorrentes no ano passado relativamente à (menor) dureza da prova e promete uma edição mais exigente para levar máquinas e concorrentes até aos limites.

A 47ª edição do Dakar vai ter uma extensão de 7700 quilómetros, incluindo 5100 quilómetros de provas de especiais classificação. Os concorrentes vão partir de Bisha, uma cidade no quadrante sudoeste do país, antes de navegarem por um percurso meticulosamente concebido que tira partido da diversidade e exigência dos terrenos da região.

A prova tem 434 inscritos divididos por 137 motas, 10 quads, 72 automóveis na categoria Ultimate, que reúne os T1 protótipos e os T2 de série, 42 Challenger (os antigos T3 ou veículos ligeiros protótipos), 36 SSV (que correspondem aos antigos T4 ou veículos ligeiros derivados de série) e 46 camiões.

Nesta edição participam ainda três stock (automóveis elétricos), 76 automóveis clássicos e 19 camiões clássicos. 

O rali abre com uma etapa prólogo a 3 de janeiro, permitindo aos concorrentes estabelecer a sua ordem de partida antes de se lançarem no evento principal.

Superespecial de 48 horas

O percurso apresenta vários pontos altos, incluindo a extenuante Etapa Chrono de 48 horas, com uma extensão de 965 quilómetros cronometrados, que irá testar a resistência no início da corrida, e a etapa maratona, em que as equipas têm de confiar apenas nas suas próprias capacidades e recursos para sobreviverem à noite sem assistência externa.

As icónicas dunas de “Empty Quarter” regressam como peça central da segunda semana do rali, apresentando aos participantes imponentes dunas de areia e uma navegação desafiante que irá separar os concorrentes.

No total, a prova inclui 12 etapas, com distâncias que vão desde o curto mas exigente último dia de 134 quilómetros até à longa sexta etapa com 606 quilómetros cronometrados.

O dia de descanso, a 10 de janeiro, em Hail, oferecerá uma breve pausa, mas a intensidade recomeça imediatamente a seguir, com os concorrentes a enfrentarem as mais longas especiais cronometradas e as desafiantes dunas na segunda semana. O rali termina em Shubaytah, a 17 de janeiro, onde um pódio comemorativo aguarda os vencedores.

Armada Toyota

Em termos desportivos, Toyota Gazoo Racing volta a apostar forte nesta edição do Dakar e terá nada mais nada menos do que seis equipas, naquilo que a marca japonesa classifica com uma mistura de experiência e talento jovem. Lucas Moraes (#203), em parceria com Armand Monleon, e Seth Quintero (#204), em parceria com Dennis Zenz, representam o contingente da Toyota Gazoo Racing (Europa).

Entretanto, a equipa Totota Gazoo Racing da África do Sul inclui Giniel de Villiers e Dirk von Zitzewitz (#206), Henk Lategan e Brett Cummings (#211), Guy Botterill e Dennis Murphy (#205) e Saood Variawa com François Cazalet (#218). Juntas, as seis equipas formam um dos alinhamentos mais equilibrados e competitivos do rali.

Cada equipa contará com a Toyota GR DKR Hilux Evo, o mais recente desenvolvimento da plataforma de rally-raid da Toyota. Com base no sucesso do modelo 2024, a Hilux Evo 2025 apresenta refinamentos nos principais sistemas e componentes que visam maximizar a fiabilidade, durabilidade e desempenho nas condições implacáveis do Rali Dakar.

Aquelas melhorias estão alinhadas com a filosofia Kaizen da Toyota de melhoria contínua e a busca da excelência na construção de carros cada vez melhores.

Sempre à espreita

A Dacia, a Ford M-Sport, a Overdrive Racing e a X-Raid tentar fazer todos esforços para que a Toyota Gazoo Racing não repita o triunfo alcançado em 2024. A marca romena conta com nomes sonantes como Nasser Al Attiyah e Sébastien Loeb a que se junta Cristina Gutiérrez.

Após a estreia em 2024, a Ford M-Sport também aposta forte com Carlos Sainz, Nani Roma Mattias Ekström e Mitch Guthrie Jr. A X-Raid reuniu também quatro pilotos para os seus Mini 3.0i JCW a gasolina: Guillaume de Mévius, Denis Kratov, Lionel Baud e Guerlian Chiquerit.