Depois de ter vencido a prova em 2009, o piloto do Qatar Nasser Al-Attiyah sagrou-se o grande vencedor do Rali Dakar 2022, ao terminar, com a sua Toyota GR DKR T1+, no primeiro lugar da classificação geral. Já nos camiões, a vitória incontestada - mais uma vez... - da russa Kamaz.
Formando equipa com o navegador francês Mathieu Baumel, Nasser Al-Attiyad terminou a edição de 2022 do Rali Dakar com 27 minutos e 46 segundos de vantagem sobre o segundo classificado, a dupla Sebastien Loeb/Fabian Lurquin, aos comandos do Bahrain Raid Xtreme. Culminando, assim, uma superioridade, face aos restantes, que exibiu desde o primeiro dia.
Para o piloto da Toyota GR DKR Hilux T1+, esta foi, no entanto, uma vitória particularmente saborosa, já que, nunca havia conseguido vencer, desde que o Dakar se mudou, em 2020, para a Arábia Saudita.
No lugar mais baixo do pódio, um piloto da casa, o saudita Al Rahji, que, aos comandos de um carro da equipa Overdrive Toyota e com britânico Michael Orr como copiloto, terminou a 1h01m13s do vencedor.
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Quanto à equipa Audi Sport, que regressou este ano ao Dakar com, não um, mas três protótipos elétricos Audi RS Q e-tron, uma estreia auspiciosa, com a formação composta por Mattias Ekström e Emil Bergkvist a terminaram como os melhores classificados, no nono posto. Ao passo que, o tricampeão do Dakar Carlos Sainz, ficou-se pela 12.ª posição.
Já o recordista de vitórias (14) no Dakar, Stéphane Peterhansel, terminou no final da classificação geral, depois de praticamente ter hipotecado qualquer hipótese de classificação, ao bater, logo na segunda etapa, numa pedra, que partiu o eixo traseiro do Audi RS Q e-tron, além de ter danificado a suspensão. Penalizado por ter excedido o tempo máximo para terminar a etapa, o francês passou, a partir daí, a, apenas e só, dar apoio aos companheiros de equipa, contribuindo, dessa forma, para os 14 pódios conquistados pela Audi Sport nesta edição do Dakar.
Camiões com vitória russa… novamente
Passando aos Camiões, novo domínio da equipa Kamaz-master, a qual garantiu os três lugares do pódio, protagonizando uma intensa batalha interna, entre o cinco vezes vencedor do Dakar, Eduard Nikolaev, e o seu compatriota e companheiro de equipa, Dmitry Sotnikov.
No final da prova, o triunfo acabou mesmo por ficar na posse de Sotnikov, que, com o seu copiloto Ruslan Akhamadeev e o mecânico Ilgiz Akhmetzianov, somaram, assim, a segunda consagração na prova. Deixando Nikolaev, que fazia equipa com Evegenii Iakovlev e Vladimir Rybakov, no Kamaz-master K5 435091 N.º 505, a apenas 9' 58".
Já o terceiro e último lugar do pódio, pertenceu à equipa 501, Shibalov/Nikitin/Tatarinov, aos comandos de um mais antigo, mas também de eficácia já comprovada, Kamaz-43509.
O fim de mais uma edição
A terminar, recordar, apenas, que esta foi a 44.ª edição da mais icónica prova de todo-o-terreno do mundo, a qual teve a sua primeira edição em 1978, no norte de África.
De resto, foi aí que o Dakar ficou até 2007, sendo que, em 2008, a prova acabou sendo cancelada, devido a ameaça terrorista.
Fruto desta situação, a organização do maior rali do mundo decidiu transferir o evento para a América do Sul, onde, a partir de 2009, passou a realizar-se. E de onde só saiu em 2020, para passar a ter lugar na Arábia Saudita.
Naquela que foi a terceira edição do Dakar realizada nas dunas sauditas, um desafio que se prolongou por 4.261 quilómetros de etapas