Hoje em dia um dos maiores construtores automóveis premium mundiais, proprietário das marcas como a Mercedes-Benz e a Smart, a Daimler prepara uma importante reestruturação, na sequência da transição para Mobilidade Elétrica. A qual, revelou o CEO da companhia, Ola Källenius, conduzirá a um emagrecimento do grupo, nos próximos cinco anos, também através de despedimentos.
"Nos próximos cinco anos, tornar-nos-emos numa companhia mais pequena", afirmou, em declarações à Reuters, o CEO da Daimler, salientando que "operaremos uma mudança fundamental na peugada industrial, na parte dos sistemas de propulsão".
De resto, a transição, dos motores de combustão interna, para os sistemas de propulsão exclusivamente elétrica e veículos de condução autónoma, acabará resultando na redução da mão-de-obra, uma vez que um automóvel elétrico é mais fácil e rápido de produzir, que um automóvel com motor térmico.
Segundo os últimos dados da ING, o motor elétrico e bateria de um carro elétrico têm, em média, 200 componentes, ao passo que um motor de combustão e respectiva transmissão, possuem, pelo menos, 1400 componentes que têm de ser montados.
"Nós estamos a contratar muitos engenheiros de software, especialistas em química de baterias, eletrificação. Não temos quaisquer dúvidas de que a peugada ecológica do Automóvel tem de ser muito menor, no futuro. E isso faz também parte daquele que é o compromisso em termos de luxo, para o futuro".
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A Daimler afirma, ainda, querer passar a oferecer aos seus clientes novos serviços digitais, além de estar a planear lançar um novo sistema operacional para veículos, em 2024.
"Encare-se esta mudança como, por exemplo, um iPhone", explicou Källenius, concluindo que, "trata-se apenas de adicionar e essa é que é a beleza desta solução". Acrescentando que, com os upgrades e melhorias operados via wireless, tal tornar-se-á uma nova fonte recorrente de receitas, para o construtor.