A Dacia acaba de desvendar a terceira geração do SUV que é também um dos seus principais best-sellers, o Duster. Modelo que recebe uma renovação completa, desde a plataforma aos materiais e aos propulsores (híbridos), tudo isto, com a promessa de não perder o mais importante: a relação qualidade-preço.
Com um percurso que se estende por 13 anos, ao longo dos quais soma já mais de 2,2 milhões de unidades vendidas, o Duster mostra-se, agora, naquela que é a sua nova geração. Marcada pela nova linguagem de design da marca romena e que se traduz numa nova frente, mais moderna e com iluminação redesenhada, a antecipar um conjunto de aspecto mais robusto, ao qual não faltam as protecções inferiores e laterais, produzidas num novo material resistente (Starkle) que disfarça os arranhões.
Exibindo uma nova grelha de tejadilho capaz de suportar cargas até 80 kg, nota ainda para uma traseira onde a iluminação surge igualmente reformulada, juntamente com um novo e generoso portão, a permitir o acesso um espaço de carga mais largo e alto, com 472 litros de capacidade sob a chapeleira. Mas que também poder receber o inovador Sleep Pack, solução estreada no Jogger que, através de uma montagem simples, permite dispor de uma cama de casal com 1,90 m de comprimento e 1,30 m de largura, no interior do Duster!
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Um argumento que, diga-se, vê a sua validade reforçada com o facto do novo Duster apresentar ainda melhores atributos off-road, resultado não somente de uma altura ao solo de 217 mm e que é a mais elevada do mercado, como também de bons ângulos de ataque (31°) e saída (36°). Além de soluções como a transmissão 4x4 Terrain Control com 5 opções (Auto, Snow, Mud/Sand, Off-Road e Eco) e tecnologias como o controlo de velocidade em descidas ou ainda o sistema de informação de todo-o-terreno com exibição no ecrã central.
Mais sustentável, espaçoso... e digitalizado
Na base de todas estas conquistas, está uma nova plataforma, a bem conhecida CMF-B que o Grupo Renault já disponibiliza em vários dos seus modelos e que, neste novo Duster, acaba ajudando, igualmente, a garantir um habitáculo onde não só é possível encontrar materiais que a Dacia prometem ser mais resistentes e sustentáveis (cerca de 20% do plástico do é reciclado), já sem a companhia de cromados decorativos ou couro de origem animal, como também mais espaço (+30 mm para pernas atrás) e maior digitalização e conectividade.
Neste último caso, fruto de um novo sistema de infoentretenimento com ecrã central táctil de 10,1" e, nas versões mais equipadas, um de dois sistemas multimédia (Media Display e Media Nav Live), além de um painel de instrumentos de 7" a cores e personalizável, e carregador de smartphones sem fios. Sem esquecer o Cruise Control com Limitador de Velocidade, parte de um conjunto de sistemas de assistência à condução que também contempla a travagem automática de emergência, reconhecimento de sinais de trânsito, assistência ao estacionamento traseiro, aviso e assistência em caso de saída da faixa de rodagem e o novo botão My Safety, com o qual passa a ser possível configurar os sistemas favoritos de assistência ao condutor.
Motorizações híbridas
Quanto a motorizações, a novidade que resulta da hibridização de praticamente todos os motores, a começar pelo trem de força que a Dacia estreou no Jogger e que é composto por um quatro cilindros 1.6 litros a gasolina de 94 cv, conjugado com dois motores elétricos (um motor de 49 cv, mais um gerador/motor de arranque de alta tensão), mais uma caixa de velocidades automática elétrica, sem embraiagem, com quatro relações para a combustão e duas relações para o elétrico. E que, apoiado por uma pequena bateria de 1,2 kWh, recarregável também com o contributo da travagem regenerativa, permite ao Duster não só arrancar sempre em modo elétrico, como também conduzir até 80% do tempo sem emissões, reduzindo os consumos entre a 20 a 40%.
Estreia total na Dacia é o TCe 130, motor a gasolina de 3 cilindros e 1,2 litros turbo que, em conjunto com uma solução híbrida ligeira (Mild Hybrid) de 48V, consegue reduzir em 10% o consumo médio e emissões de CO2, devido ao apoio dado pela unidade elétrica no arranque e acelerações. E graças, também, ao apoio dado pela bateria de 08 kWh que o sistema de travagem regenerativa se encarrega de carregar.
Finalmente e como único trem de força que transita da geração anterior, o ECO-G 100, solução de combustível duplo (Gasolina e GPL), que, além dos ganhos em termos ambientais (-10% de emissões de CO2), permite percorrer até 1300 km com os seus dois depósitos - 50 litros de gasolina e 50 litros de GPL.
Tudo novo? Não na relação qualidade/preço...
A terminar e embora ainda não existam dados quanto a preços de comercialização, ou até mesmo quanto à data em que o Dacia Duster chegará aos concessionárioso, a promessa, desde já, de que esta nova geração manterá o princípio que ajudou (e muito!) a fazer deste, o SUV o mais vendido na Europa, em 2022: a melhor relação qualidade/preço da cartegoria.