Modelo hoje em dia incontornável na oferta da marca romena, o Dacia Duster acaba receber a sua mais recente atualização, ainda que não a mais significativa. Segundo avança a Autocar, o SUV de maior sucesso da Dacia prepara-se para se tornar híbrido, embora com uma exigência: não deixará de continuar acessível.
A garantia foi, de resto, deixada pelo principal responsável pelo produto Duster, Julien Ferry, numa entrevista exclusiva à publicação britânica Autocar, em que este sublinhou a necessidade de, sejam quais forem as alterações operadas, o SUV romeno continuar "igual a si próprio".
"O papel do Duster na Dacia é, precisamente, proporcionar uma relação preço/produto muito boa", acrescenta Ferry, recordando que o modelo "destina-se a clientes que procuram um automóvel simples, mas que consegue aventurar-se no todo-o-terreno".
De resto, o mesmo responsável garante que, as capacidades offroad do Duster, continuarão a ser uma prioridade no próximo sucessor do modelo, de forma a garantir que o SUV continue sendo "o melhor offroad do mercado não-proveniente de uma marca especializada em todo-o-terreno". Sendo que, o objectivo da Dacia, passa por "manter a fórmula actual, atualizando-a de acordo com aquilo que são as necessidades e desejos dos clientes".
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Recordar que, ainda no início deste ano e na sequência da nova estratégia 'Renaulution', iniciada pelo Grupo Renault, o CEO da Dacia, Denis Le Vot, deixou a garantia de que, a marca que dirige, iria rentabilizar ao máximo a arquitectura CMF-B, criada no seio da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, e que, de resto, já é utilizada no novo Sandero.
Aliás, o objectivo final passa por fazer com, todos os modelos Dacia, assim como todos os futuro Lada, passem a utilizar uma só plataforma.
Duster híbrido... e EV
Quanto à nova geração Duster, o mais certo, segundo a Autocar, é que venha a tornar-se híbrido, mais precisamente, através da adopção da mesma tecnologia que já é disponibilizada no Renault Captur. Sendo que, a par desta tecnologia, o modelo também poderá vir a ter uma versão 100% elétrica, baseada na plataforma para veículos elétricos acessíveis, para o segmento A e B - a CMF-BEV.
A suportar esta decisão, o facto da CMF-B e CMF-BEV estarem intimamente ligadas, o que permite, por exemplo, que os modelos baseados nestas arquitecturas possam ser produzidos numa só linha de montagem. Já que, aspectos como a distância entre eixos e comprimento total, são igualmente muito semelhantes. Dispensando, por isso, demoradas e dispendiosas modificações, entre ambas.
Analisadas segundo aquelas que são as exigências de base do Duster, a única limitação resulta do facto da CMF-BEV, ao contrário da mais evoluída CMF-EV, ainda não admitir dois motores elétricos, de forma a garantir tracção integral, limitando-se a garantir, apenas, tracção dianteira.
Preço será sempre uma prioridade
No entanto e conforme o mesmo Julien Ferry fez questão de salientar, nesta entrevista à Autocar, não será a transição para a electrificação, que fará a Dacia abandonar o foco no preço, nos seus modelos. Com esta certeza a manifestar-se, desde já, no preço do primeiro EV da marca, o Spring.
"Mesmo sendo mais caros [os veículos elétricos], os clientes constatarão que o Spring terá um preço bastante baixo, para um veículo elétrico", afirmou.