Custo dos carregamentos dos veículos elétricos baixa em 2025

A tarifa da Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica cobrada aos comercializadores de eletricidade para a mobilidade elétrica e aos detentores dos postos vai diminuir 37,1% a partir de 1 de janeiro de 2025, o que se traduz numa diminuição entre 4,5% e 5,5% nos custos dos carregamentos na rede pública.

O custo de carregamento de veículos elétricos irá diminuir, a partir de 1 de janeiro de 2025, na sequência da redução de 37,1% na tarifa de Entidade Gestora da rede de Mobilidade Elétrica (EGME) cobrada pela MOBI.E aos comercializadores de eletricidade para a mobilidade elétrica e aos detentores de pontos de carregamento.

De acordo com a Diretiva nº13/2024 da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a tarifar a suportar pelos comercializadores de energia elétrica como pelos operadores de postos de carregamento por cada carregamento efetuado na rede nacional será de 0,1572€, quando, em 2024, o valor era de 0,2499€.

Já os detentores de postos de carregamento, aos quais é aplicada atualmente uma tarifa diária de 0,0423€, diminuirá para 0,0162€, a partir de 1 de janeiro de 2025.

A ERSE justifica esta diminuição nos valores das tarifas pelo “aumento do número de carregamentos previstos para 2025”, assim como uma evolução controlada dos custos da EGME.

Recorde-se que o Regulamento de Mobilidade Elétrica prevê a aplicação de tarifas, aplicada a CEMEs, OPCs e DPCs para cobrirem os custos da atividade regulada da EGME, designadamente, o funcionamento da plataforma de gestão.

Esta última assegura a interoperabilidade total do sistema, onde o utilizador de veículo elétrico (UVE), com um único meio de acesso, pode utilizar qualquer ponto de carregamento disponível, bem como ter acesso, numa única app, a toda a informação em tempo real sobre o estado da rede de carregamento.

Reflexo para utilizadores finais

Aqueles custos são verificados pela ERSE, no âmbito do processo de fixação anual desta tarifa. As tarifas EGME não são de aplicação direta aos utilizadores de veículos elétricos porque se aplicam aos beneficiários diretos do sistema, mas, na prática, acabam por influenciar os tarifários finais.

De acordo com a ERSE, o impacto no custo de carregamento das tarifas EGME em 2025, para um carregamento médio de 9,5kWh, irá variar entre 4,5% e 5,5%, dependendo se o mesmo é efetuado em Média Tensão ou Baixa Tensão.

“Esta redução é o reflexo do esforço da MOBI.E em aumentar a sua eficiência, bem como o resultado da consolidação e franco crescimento da mobilidade elétrica em Portugal e permitirá dar ao mercado uma maior folga, para que se torne ainda mais competitivo, ajudando a acelerar a transição energética da mobilidade no nosso país,” comenta o presidente da MOBI.E, Luís Barroso.

EDP baixa preço em 5%

A EDP Comercial anunciou uma redução, média, de 5% nos preços da energia carregada pelos utilizadores do Cartão EDP Charge (CEME) na via pública, a partir de 1 de janeiro. A energética justifica esta diminuição com a “evolução favorável dos mercados de energia”.

Com esta medida, a EDP diz reforçar o seu compromisso de procurar garantir estabilidade aos seus clientes, oferecendo um dos preços mais competitivos do mercado, e consolida a posição da EDP Comercial como líder de mercado na Mobilidade Elétrica, com mais de 90 mil utilizadores de cartões CEME ativos atualmente.

A empresa adianta que os carregamentos na rede pública gerida pela EDP continuam a bater recordes todos os meses, o que demonstra o crescimento da mobilidade elétrica em Portugal, assim como a capilaridade cada vez maior da rede da empresa de Norte a Sul do país. A EDP Comercial já tem contratados e/ou em operação em Portugal mais de 3400 pontos de carregamento elétrico.

Alguns dos carregadores mais recentes foram instalados na A1 – Autoestrada do Norte – e A2 – Autoestrada do Sul -, de forma a ampliar o número de opções disponíveis para os utilizadores de veículos nas principais autoestradas nacionais. A EDP adianta que já tem 83 pontos de carregamento nas principais autoestradas, dentro da parceria com a Brisa, BP e Repsol.