Informações apontam que o futuro CEO da Daimler dá preferência à ligação crescente com a BMW, colocando em risco a longa parceria com a Renault-Nissan A colaboração entre Renault e Mercedes é bem conhecida, abarcando diversas áreas como os componentes, engenheria e até a produção conjunta de modelos (Twingo e Smart). Mas o facto mais 'badalado' dessa ligação é mesmo o fornecimento de motores da casa gaulesa a automóveis da marca alemã, maioritariamente para modelos Diesel de cilindrada mais baixas. Mas, segundo avança agora a germânica Manager Magazine, o futuro Diretor Executivo da Daimler, Ola Kallenius, não pretende renovar a cooperação. Para este desfecho é significativo que os dois principais atores desta parceria, o já "retirado" Carlos Ghosn e o CEO cessante da Daimler Dieter Zetsche, tenham saído de cena. Em detrimento da ligação à Aliança, o próximo líder do fabricante germânico dá preferência aos laços crescentes com a compatriota BMW. Isso tem sido visível até por notícias recentes, de acordos estabelecidos nos elétricos e na condução autónoma e até rumores sobre a possível partilha de plataformas para modelos como o Classe A e o Série 1. Além disso, a Daimler recentemente chegou a acordo com os chineses da Geely para dividir o capital da Smart, que passará a ser produzido em solo asiático com esta marca, previsivelmente acabando a partilha de plataforma com o Twingo. A colaboração entre Daimler e Aliança Renault-Nissan começou em 2010, incluindo nessa altura a partilha de 3,1% do capital de cada um dos grupos envolvidos. Começou por contemplar 3 modelos, mas foi crescendo para um total de doze projetos, um dos quais a pick-up Classe X desenvolvida com base na Nissan Navara. Não foram, no entanto, anunciados recentemente novos projetos entre os fabricantes alemão e franco-nipónico. Além do possível término da ligação com a Renault-Nissan são reveladas, neste artigo da revista alemã, outras medidas que se podem esperar de Ola Kallenius. Entre os principais estão gear uma poupança de seis mil milhões de euros nas despesas, algo que poderá passar peça redução de custos e introdução de medidas para aumentar a eficiência. Fonte: Automotive News e Autocar