Conheça os 21 modelos de produção mais potentes da Porsche

Ao longo dos 76 anos de história da Porsche houve 21 modelos que ficaram para a posteridade como os mais potentes de sempre da marca alemã de automóveis desportivos. Tudo começou em 1948 com o Porsche 356, seguindo-se uma longa lista até ao atual Taycan.

A Porsche foi sempre sinónimo de potência e elevadas prestações, assim como de uma procura constante de evolução para superar os limites da técnica e estabelecer novas referências em cada época.

Tudo começou com o Porsche 356, o primeiro modelo de produção fabricado em Zuffenhausen, após uma curta série produzida em Gmund, na Áustria, e deu origem ao que é a marca na atualidade.

O Porsche 356 “Nr 1” de 1948 tinha um motor de 35 cv, mas graças ao baixo peso de apenas 585 quilos e à aerodinâmica conseguia transmitir verdadeiras sensações desportivas.

“Olhei à volta e não encontrei o desportivo dos meus sonhos, pelo decidiu fazê-lo eu mesmo”, contou Ferdinand Porsche. Atualmente, a marca continua a reger-se por esse espírito pioneiro de paixão e sonho nesta nova era eletrificada do automóvel. O Taycan Turbo GT com pack Weissach é o Porsche mais potente da gama e também o modelo de produção mais potente de sempre da marca com mais de 1000 cv.

356 Carrera com 100 cv

Os pilotos e os aficionados do automobilismo não demoraram muito a elogiar os pequenos Porsche da década de ’50 pela sua qualidade de construção e relação entre simplicidade e prestações.

A Porsche respondeu melhorando incansavelmente o motor boxer de quatro cilindros. Na primeira evolução do modelo, em 1955, já eram disponibilizados cinco níveis de potência que chegavam aos 100 cv do 356 A 1500 GS Carrera, projetado para satisfazer os clientes que queriam participar em corridas ao fim de semana. Os 356 continuou à venda até 1965 com melhorias contínuas, alcançando os 175 cv de fábrica.

Oito cilindros para superar os 200 cv

A Porsche ultrapassou a barreira dos 200 cv em 1962 com um desportivo homologado para estrada e vocacionado para a competição: o 718/8 W-RS Spyder, que atingiu os 210 cv com o seu bloco de oito cilindros de 2,0 litros.

Aquele modelo obteve bastante sucesso desportivo na sua categoria e ganhou provas importantes como o Targa Florio e os 1000 Km de Nürburgring. Uns anos antes, o 718 RS 60 Spyder foi durante algum tempo o Porsche mais potente com 160 cv. Durante esse tempo, o 356 e o 718 disputaram este título; o único a intrometer-se foi o 550 A Spyder de 1956.

Um turbo para chegar aos 300 cv

O motor de oito cilindros derivado da Fórmula 1 acabaria por debitar 240 cv e foi utilizado nas pequenas séries de desportivos de competição homologados para estrada como o 904 Carrera GTS de 1964.

Em paralelo, a nova gama 911 ia ganhando protagonismo nos concessionários e nas pistas, com o lançamento de pequenas séries desenvolvidas pela Porsche Motorsport como o 911 R, 911 2.7 Carrera e o 911 3.0 Carrera RS.

Mas o primeiro 911 sobrealimentado a entrar para a história como o mais potente da Porsche foi o 911 3.0 Turbo (type 930) de 1974. Naquela altura com os seus 260 cv, 251 km/h de velocidade máxima e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 5,2 segundos, o 911 Turbo revolucionou para sempre o mundo dos automóveis desportivos.

Dois automóveis únicos no trono

Entre 1974 e 1986 foram produzidos dois exemplares únicos dos Porsche mais potentes da sua altura. Ao conhecer o novo 911 Turbo, um cliente ilustre da marca, o maestro compositor Herbert von Karajan encomendou uma versão ainda mais leve e desportiva.

A Porsche Motorsport meteu as mãos à obra e criou uma unidade conhecida como Porsche 911 Turbo RS, com chassis de competição e motor turbo com 360 cv, que foi quase durante uma década o Porsche mais potente homologado para estrada.

Em 1983 surgiu uma outra unidade exclusiva criada pela Porsche Exclusive para Mansour Ojjeh, o dono da TAG, empresa que colaborou no desenvolvimento do novo motor turbo de Fórmula 1. Trata-se do Porsche 935 de competição, equipado com motor turbo de 380 cv e homologado para circular em estrada.

O Porsche 935 “Strassenversion” tinha um total de 550 alterações e superava outros modelos potentes de estrada da época como o Porsche 928 S com 310 cv de 1984 ou as edições limitadas do 911 Turbo, a partir de 1986, com 330 cv.

959 supera os 500 cv

A chegada da categoria B, com as suas elevadas potências e o desenvolvimento da tecnologia integral, levou a Porsche a criar um desportivo extremamente avançado: o Porsche 959 de 1986. Este modelo passou a ser um dos automóveis de referência da história com um motor turbo de 515 cv na versão S, tração integral e suspensão eletrónica.

O Porsche 959 S superou a barreira dos 500 cv e manteve durante mais de uma década o seu reinado como o Porsche mais potente. As versões de competição conseguiram, nesse mesmo ano de 1986, ganhar o Paris-Dakar e terminar as 24 Horas de Le Mans na sétima posição.

Modelo de estrada com mais de 600 cv

Onze anos depois, o Porsche 959 S perdeu o título para a versão de estrada do 911 GT1, criada para homologar o novo carro de competição na categoria GT1 de resistência. A série exclusiva de 20 unidades viu a luz em 1997 e contava com o motor turbo de 3,2 litros de competição, afinado para utilização em estrada, com uma potência de 544 cv, estabelecendo um novo recorde entre os desportivos de estrada da marca alemã.

Em 2003, a Porsche conseguiu um novo feito ao entrar no segmento dos supercarros com o lendário Porsche 911 Carrera GT (type 980), que redefiniu os limites do que era possível naquela baseado.

Baseado num protótipo pensado para competir em Le Mans, o seu motor V10 aspirado de 5,7 litros levava a potência até aos 612 cv alcançados a umas impressionantes 8000 rpm. Foi o primeiro modelo da marca construído em fibra de carbono.

Em 2011, um 911 recuperou a posição como o Porsche de estrada mais potente da história, com o extremo 911 GT2 RS (type 997) com 620 cv.

Eletrificação para chegar aos 1000 cv

Para a Porsche, a eletrificação é sinónimo de prestações. O Porsche 918 Spyder foi um dos pioneiros da nova era eletrificada da Porsche. Nascido em 2015, este superdesportivo  híbrido plug-in demonstrou todo o potencial da eletrificação quando esta é colocada ao serviço do rendimento.

Com um bloco V8 de 608 cv e dois motores elétricos oferecia uma potência combinada de 887 cv e tornou-se no Porsche de produção mais potente de sempre até à chegada do Taycan, o primeiro modelo da nova era cem por cento elétrica.

Esta nova gama foi batendo sucessivamente os recordes de potência. Primeiro foi o Taycan Turbo, com os seus 952 cv com os 193 cv adicionais do Launch Control. Seguidamente chegaram o Taycan Turbo GT e o Taycan Turbo GT com pack Weissach, que elevam as prestações deste modelo a um nível superior. Ambos têm uma potência de 789 cv, mas com o Launch Control aumenta até aos 1034 cv e 1108 cv, tornando-se nos primeiros Porsche a ultrapassarem a fasquia dos 1000 cv de potência.