Conheça as ex-Scut onde se deixaram de pagar portagens

Desde 1 de janeiro de 2025 que já não se pagam portagens em sete autoestradas portuguesas numa extensão de quase mil quilómetros. À exceção do Algarve, todas as outras estão no interior, incluindo algumas estruturantes para as populações como a A25, A23 e A4.

Para os automobilistas que costumam circular em algumas autoestradas conhecidas anteriormente como SCUT, o ano de 2025 trás boas notícias que, desde 1 de janeiro, que as portagens foram abolidas em vias rápidas estruturantes do Interior e Algarve.

A abolição do pagamento de portagens em sete autoestradas resultou da aprovação de um projeto de lei apresentado em maio de 2024 na Assembleia da República, tendo sido promulgado pelo Presidente da República em julho de 2024.

No total, são 951 quilómetros que deixaram de ter custos diretos para o utilizador, já que para acomodar a perda de receitas de aproximadamente 180 milhões de euros, segundo o relatório do Orçamento de Estado para 2025, o Governo tenha aumentado no dia 1 de janeiro de 2025 a taxa do imposto sobre produtos petrolíferos no litro de gasolina e do gasóleo em três cêntimos, medida esta que também serviu para compensar a descida da taxa de carbono em 2025.

As SCUT (Autoestradas Sem Custo para o Utilizador) foram introduzidas no nosso país em 1997, sendo os custos totalmente suportados pelo Orçamento de Estado. O regime acabou por ser alterado em 2011 com a crise financeira, passando os custos a serem suportados pelos utilizadores.

Desde a sua introdução que a medida foi fortemente contestada pelas populações do interior, acabando por ser abolido o pagamento de portagens em algumas vias com perfil de autoestrada. Vejamos quais.

A4 - Transmontana (e Túnel do Marão)

O fim de pagamento de portagens nesta autoestrada com uma extensão de 137,1 quilómetros entre Vila e Real e Quintanilha proporciona uma poupança máxima entre 1,20 euros e 2,95 euros por trajeto, caso se trate de um veículo de Classe 1 ou de Classe 4, respetivamente.

A13 - Pinhal Interior e A13-1 (Radial de Coimbra)

Com uma extensão de 89,6 quilómetros entre Coimbra e Atalaia (A13) e 12,5 quilómetros entre Condeixa-a-Nova e Almaguês (A13-1), a abolição das potagens possibilita uma poupança de até 3,05 euros para um veículo Classe 1, por trajeto, na A13, mais 35 cêntimos na denominada Radial de Coimbra. Para um pesado da Classe 4, a poupança é de 7,70 euros mais 0,85 euros, respetivamente.

A22 - Algarve

Na antiga via do Infante, rebatizada por A22 - Autoestrada do Algarve, os veículos de Classe 1 e Classe 4 deixam de pagar 4,65 euros e 11,70 euros, respetivamente, nos 133 quilómetros de extensão que estabelecem a ligação entre Bensafrim e Castro Marim.

A23 - Beira Interior

Com uma extensão de 208,7 quilómetros entre Torres Novas e a Guarda, a A23 - Autoestrada da Beira Interior atravessa os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Santarém, constituindo uma importante via de acesso ao interior do país.

A abolição das portagens permite poupar em cada viagem para o trajeto mais longo entre 7,40 euros e os 18,40 euros, consoante se trate de um veículo Classe 1 ou Classe 4, respetivamente.

A24 - Interior Norte

A abolição de portagens na A24 - Autoestrada Interior Norte, que estabelece a ligação entre Viseu e Chaves numa extensão de 150,1 quilómetros, permitirá reduzir o custo de cada viagem no trajeto mais longo entre 4,80 euros e 11,90 euros, consoante se trate de um veículo Classe 1 ou Classe 4.

A25 - Beiras Litoral e Alta

A autoestrada A25 - Beiras Litoral e Alta foi parcialmente construída no trajeto do antigo IP5, que ligava Aveiro a Vilar Formoso, o que gerou fortes críticas e muita contestação por parte das populações.

A abolição das portagens nos 195,5 quilómetros de autoestrada entre Gafanha de Nazaré, Aveiro e Vilar Formoso proporciona uma poupança máxima por viagem entre 6,70 euros e 17 euros, que se trate de um veículo Classe 1 ou Classe 4, respetivamente.

A28 - Minho

Na autoestrada A28 - Minho, as portagens foram abolidas apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque, numa extensão de 24,2 quilómetros, permitindo uma poupança por viagem de 1,15 euros para um veículo Classe 1 e de 2,85 euros para um Classe 4.