Enquanto a VW está a fazer tudo para bater a Google na corrida para a primeira frota pública de veículos com condução autónoma, na BMW há quem não acredite que alguma vez o nível cinco, o mais alto, venha a ser autorizado. A Volkswagen está numa corrida contra o tempo e contra a Google, para ser a primeira a colocar no terreno uma frota pública de veículos com condução autónoma de nível quatro ou cinco, os mais altos e que não requerem intervenção, nem monitorização dos ocupantes. O programa Google Waymo já anunciou que vai colocar em funcionamento no Arizona, EUA, no final deste ano, uma frota de Chrysler Pacifica adaptados para condução autónoma. A VW prepara um veículo específico, no formato de um mini-bus que, por enquanto, tem vindo a ser testado sob o nome Sedric e é feito com base na plataforma do VW e-Golf. Mas o plano da marca alemã é lançar em 2021 uma evolução deste conceito, feito com base na nova plataforma para veículos elétricos MEB e que poderá ter as formas do concept-car VW I.D. Buzz. No início, o plano é colocar estes mini-bus em funcionamento de ambiente controlado, em faixas próprias ou apenas em autoestradas, o que ainda está para ser anunciado.
Veja a 360º o mundo da condução autónoma
Os custos elevados deste tipo de veículos não os tornam viáveis para clientes privados, numa primeira fase, por isso a escolha do formato mini-bus operado por uma empresa, que poderá amortizar o custo suplementar com a falta de necessidade de pagar a motoristas. Para já, cada veículo necessita de cinco radares de longo alcance no tejadilho, quatro sensores nos para-choques, uma câmara frontal e mais quatro radares de curto alcance. A câmara frontal, que será os "olhos" do veículo tem sido o maior desafio. O certo é que a VW está em conversações avançadas com as autoridades de San Francisco, EUA, para dar início a este projeto, sob a sua nova marca para a mobilidade Moia. Por seu lado, a BMW também tem um projeto de condução autónoma em avançado estado de testes dinâmicos, mas o seu ex-diretor de vendas e marketing, Ian Robertson, anunciou que a condução autónoma de nível cinco, poderá nunca acontecer. Segundo Robertson, que agora ocupa um papel diplomático na BMW UK, o grande problema é a questão ética, em caso de acidente: "imagine um cenário em que o carro tem que decidir entre atropelar uma pessoa ou outra – escolher a qual vai causar a morte. O que vai o carro fazer? Aceder ao registo médico das duas pessoas, descobrir que uma tem uma doença terminal e escolher essa para atropelar?" Robertson proferiu estas palavras durante a recente cimeira da Society of Motor Manufacturers and Traders, no Reino Unido, acrescentando que "não acredito que isso alguma vez venha a ser autorizado. Os políticos vão chegar à conclusão que é preciso estabelecer barreiras à utilização da condução autónoma. Provavelmente apenas em autoestradas, que são um ambiente mais controlado. Ou talvez "roubem" partes das cidades, onde apenas os veículos autónomos possam circular." Se a parte técnica da condução autónoma tem registado muitos progressos, apesar de ainda estar longe de estar totalmente desenvolvida, em termos de cenários de acidente, a verdade é que as questões morais, que se intersectam com a responsabilidade civil, levantam demasiadas dúvidas. Já podemos confiar a 100% na condução autónoma?
Veja a 360º o mundo da condução autónoma
Os custos elevados deste tipo de veículos não os tornam viáveis para clientes privados, numa primeira fase, por isso a escolha do formato mini-bus operado por uma empresa, que poderá amortizar o custo suplementar com a falta de necessidade de pagar a motoristas. Para já, cada veículo necessita de cinco radares de longo alcance no tejadilho, quatro sensores nos para-choques, uma câmara frontal e mais quatro radares de curto alcance. A câmara frontal, que será os "olhos" do veículo tem sido o maior desafio. O certo é que a VW está em conversações avançadas com as autoridades de San Francisco, EUA, para dar início a este projeto, sob a sua nova marca para a mobilidade Moia. Por seu lado, a BMW também tem um projeto de condução autónoma em avançado estado de testes dinâmicos, mas o seu ex-diretor de vendas e marketing, Ian Robertson, anunciou que a condução autónoma de nível cinco, poderá nunca acontecer. Segundo Robertson, que agora ocupa um papel diplomático na BMW UK, o grande problema é a questão ética, em caso de acidente: "imagine um cenário em que o carro tem que decidir entre atropelar uma pessoa ou outra – escolher a qual vai causar a morte. O que vai o carro fazer? Aceder ao registo médico das duas pessoas, descobrir que uma tem uma doença terminal e escolher essa para atropelar?" Robertson proferiu estas palavras durante a recente cimeira da Society of Motor Manufacturers and Traders, no Reino Unido, acrescentando que "não acredito que isso alguma vez venha a ser autorizado. Os políticos vão chegar à conclusão que é preciso estabelecer barreiras à utilização da condução autónoma. Provavelmente apenas em autoestradas, que são um ambiente mais controlado. Ou talvez "roubem" partes das cidades, onde apenas os veículos autónomos possam circular." Se a parte técnica da condução autónoma tem registado muitos progressos, apesar de ainda estar longe de estar totalmente desenvolvida, em termos de cenários de acidente, a verdade é que as questões morais, que se intersectam com a responsabilidade civil, levantam demasiadas dúvidas. Já podemos confiar a 100% na condução autónoma?