Os preços dos combustíveis continuam demasiado altos e isto é evidente na hora de encher o depósito. Porém, há várias coisas que pode fazer para reduzir o impacto na factura ao fim do mês. Dizemos-lhe cinco dicas para poupar nos consumos.
Desde o início do ano que o preço dos combustíveis não pára de aumentar, traduzindo-se numa tendência que nem mesmo algumas, poucas, descidas, conseguem contrariar.
Para quem continua a depender destes combustíveis no dia-a-dia, o peso no orçamento parece cada vez maior, assim como a incerteza em relação à evolução do mercado.
Mas, ainda que não possa fazer muito em relação a isso, há alterações que pode levar a cabo, por exemplo, no seu carro, com as quais reduzirá, certamente os consumos. Assim e com o apoio, também, dos nossos colegas do Diariomotor, deixamos-lhes cinco alterações simples, económicas, e que funcionam.
1. Instale pneus com baixa resistência ao rolamento
A diferença no consumo entre um pneu desportivo, focado na maior aderência possível, e um pneu concebido em prol da eficiência, pode chegar aos 10%.
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Dependendo do seu estilo de condução, pode valer a pena comparar as etiquetas de pneus da União Europeia, das quais consta uma avaliação baseada na resistência ao rolamento, e fazer as contas.
É igualmente importante que os pneus circulem com a pressão recomendada pelo fabricante, pelo que esta deve ser vigiada, pelo menos, uma vez por mês. Também não é má ideia fazê-lo antes de uma grande viagem, durante a qual os pneus até poderão necessitar de mais pressão do que o habitual.
2. Mude de medida de jantes e pneus
É possível que, neste momento, esteja a utilizar pneus 225/45 numas jantes de 17", embora também possa utilizar pneus 195/50 numas jantes de 16".
A realidade demonstra que, os pneus mais estreitos, tendem sempre a ser mais económicos, mantendo-se outras variáveis, como o índice de eficiência na etiqueta europeia.
Assim, trata-se de um jogo de compromissos: se, por um lado, costuma perder-se em estética e num melhor comportamento em curva, é possível até ganhar nos consumos, com uma medida mais baixa. Sendo que, no caso das medidas mais populares, até mesmo o custo de aquisição, será mais baixo.
3. Mude o filtro de ar e o filtro de combustível
Com o tempo e com os quilómetros, é natural que o filtro de ar vá ficando sujo e obstruído, especialmente em zonas com mais pó e contaminantes do ar.
Os sistemas de admissão e de gestão dos motores foram concebidos para funcionar com um determinado caudal de ar e, caso este fique abaixo do normal, o consumo de combustível pode subir de forma notória.
O mesmo pode acontecer com o filtro de combustível, uma vez que um menor caudal de combustível leva necessariamente a uma proporção diferente de combustível e de ar.
O filtro de combustível é também o último elemento de protecção antes dos injectores, cuja reparação, em caso de avaria, é bastante dispendiosa.
A troca destes elementos, tendo em conta a queda nos consumos e a prevenção de eventuais problemas mecânicos, amortiza-se muito rapidamente.
4. Ande com o carro mais leve
Já dizia Colin Chapman, fundador da Lotus, que o importante num carro era simplificar e, em seguida, retirar peso.
Esta abordagem funciona não somente com vista a melhorar o comportamento dinâmico e performances de um carro, mas também para baixar os consumos.
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Foi calculado que cada 50 kg adicionais aumentam o consumo em 2%, ou seja, num carro que faça 6 l/100 kms, levar 50 kg extra, pode representar mais 0,14 l/100 kms.
Parece pouco, mas, em 20 000 kms e com o preço actual do gasóleo, esta diferença representa 43,4 Euros. Junte-se a esta, outras sugestões da lista, e o valor deixa de ser negligenciável.
5. Reprograme o seu carro
Antes de mais, tenha em conta que, alterar o mapa de funcionamento do motor, levará à perda da garantia. Além de que, qualquer reprogramação, é uma operação sensível e deve ser feita por profissionais experientes e reconhecidos.
Há uma procura muito grande por reprogramações cujo foco é o aumento da potência máxima, mas há também a possibilidade de fazer uma reprogramação orientada para a redução do consumo.
Um mapa de funcionamento feito à medida das suas necessidades, de forma profissional e num motor que esteja a funcionar a 100%, pode levar a uma redução notória no consumo.
A terminar, dizer apenas que, estas alterações, aliadas a alguns ajustes na própria condução, podem ser o antídoto para os consumos elevados e, consequentemente, os preços dos combustíveis que vemos na actualidade. Sendo, ainda, uma forma de contribuir para a preservação do Meio Ambiente.